UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

Paquistão

Arte UOL
Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
- 0 0 0 0
Posição Ouro Prata Bronze Total
63º 3 3 4 10
Capital
Islamabad
Idioma
Urdu
Área do território
803.940 km2
População
167,7 milhões
Forma de governo
República parlamentarista
PIB*
US$ 143,8 bilhões
Moeda
Rupia paquistanesa
Posição no IDH**
136º (0,551)

À sombra dos vizinhos, Paquistão passa batido por Pequim-2008

Com pretensões olímpicas modestas, o Paquistão participou dos Jogos de Pequim em apenas quatro modalidades. Sua maior chance de pódio era no hóquei na grama, esporte herdado do domínio inglês que virou vocação local (assim como o críquete, modalidade não-olímpica). Das dez medalhas conquistadas em toda sua história nas Olimpíadas, oito vieram da modalidade, sendo três ouros, em Roma-1960, Cidade do México-1968 e Los Angeles-1984.

Em 2008, porém, a seleção paquistanesa não chegou nem a disputar medalha, terminando o torneio olímpico masculino de hóquei na grama em oitavo lugar entre 12 times participantes.

Sexto país mais populoso do mundo, a região do atual Paquistão sofreu invasões de gregos, persas, árabes, afegãos, turcos e mongóis, e possui atualmente uma das maiores populações muçulmanas do planeta. A última dominação foi dos britânicos, que permaneceram por lá até a independência em 1947, em um processo conflituoso, afinal, a maioria dos habitantes islâmicos ficou no Paquistão, e a população hinduísta, na Índia.

No ano seguinte, enfim, o Paquistão fez sua estréia nos Jogos Olímpicos, em Londres. Duas edições mais tarde, em Melbourne-1956, a medalha de prata para a equipe masculina de hóquei sobre a grama daria fôlego à modalidade no país. Na Olimpíada seguinte, em Roma-1960, o time paquistanês rompeu uma seqüência de seis títulos olímpicos seguidos da Índia. Fora das quadras, os dois países travam um histórico conflito pela posse da região da Caxemira, com direito a uma corrida armamentista que inclui bombas nucleares.

Nos últimos anos, porém, o país perdeu a projeção dentro da modalidade, principalmente pela introdução dos gramados artificiais, deixando o jogo mais veloz, rasteiro e sob domínio dos europeus. O último pódio data de Barcelona-1992, quando um bronze da equipe marcaria o início do declínio do hóquei em Olimpíadas. Em Atenas-2004, os paquistaneses não passaram do quinto lugar, um abaixo da já frustrante quarta colocação de Sydney. Este ano, o Paquistão tem a heróica tarefa de pôr fim a um jejum de 24 anos após seu último ouro. Além do hóquei, os atletas paquistaneses classificados vão competir no tiro, atletismo e natação, modalidades de pouca tradição.

Em termos de medalhas, além do hóquei, no qual rivalizava com os indianos, o Paquistão só foi premiado na luta livre, esporte em que outros vizinhos, os iranianos, são especialistas. O país ganhou bronzes de Muhammed Bashir, em Roma-1960 e Hussain Syed, em Seul-1988.

Na questão política, o Paquistão ganhou notoriedade antes mesmo do início da competição em Pequim, ao mostrar seu comprometimento como aliado do país-sede. Tendo os chineses como um dos maiores investidores no país, o Paquistão foi a público criticar a politização dos Jogos em torno dos conflitos do Tibete. A indústria paquistanesa de armas é fornecedora do governo chinês e apóia a repressão de províncias insurgentes no país organizador das Olimpíadas.

Astro

AFP

Experiência

Munir Dar, que integrou o primeiro time campeão olímpico do hóquei na grama, em Roma-1960, é o atual técnico da seleção masculina nacional

Curiosidade

AP

Progresso

Primeira mulher a representar o Paquistão em uma Olimpíada, Shabana Akhtar fez história ao disputar o salto em distância nos Jogos de Atlanta-1996

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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