UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

República Tcheca

Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
24º 3 3 0 6
Posição Ouro Prata Bronze Total
50º 7 9 11 27
Capital
Praga
Idioma
Tcheco
Área do território
78.866 km2
População
10,2 milhões
Forma de governo
República parlamentarista
PIB
US$ 175,3 bilhões*
Moeda
Coroa tcheca
Posição no IDH
32º (0,891)**

República Tcheca supera anos de domínio, mas cai no esporte

Depois de viver quase quatro séculos sob o domínio do Império Austro-húngaro, eslovacos e tchecos se uniram após a derrota na primeira Guerra Mundial para formar a Tchecoslováquia em 1918. A união entre os povos resistiu a muitas turbulências políticas por 85 anos e neste período o esporte foi uma das principais demonstrações de força do país.

Entre as Olimpíadas da Antuérpia-1920 e de Barcelona-1992, foram 143 medalhas conquistadas, o que garante à antiga nação o 24º lugar no quadro geral histórico. Em Helsinque-1952, já liberta do domínio dos nazistas e como satélite externo da União Soviética, teve o seu melhor desempenho, ficando com a sexta colocação da edição e colocando na história Emil Zatopek, único atleta na história olímpica a vencer a maratona, os 5.000 m e 10.000 m rasos na mesma edição.

Liderado por intelectuais, ganhou força na sociedade o que ficou chamado como Primavera de Praga, um movimento calcado nas bases do socialismo, mas que pregava liberdade e democracia, o que não agradou a União Soviética que em 1968, de forma brutal, interrompeu o movimento com uma repressão sangrenta. Naquele mesmo ano, Vera Caslavska foi a última grande estrela esportiva da nação. Ela conquistou quatro medalhas de ouro na ginástica artística, chegou a sete conquistas no geral e tornou-se a atleta mais premiada. Os tenistas Ivan Lendl e Martina Navratilova despontaram no final dos anos 70, mas optaram por defender a bandeira dos EUA.

Apesar da repressão, resquícios da Primavera de Praga foram fundamentais para que quase três décadas depois surgisse o que ficou conhecido como "Revolução de Veludo", determinando de forma pacífica a separação com a Eslováquia em 1º de janeiro de 1993. Já com nova nacionalidade, Jan Zelezny, que havia conquistado o ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona um ano antes ainda pela Tchecoslováquia, sagrou-se campeão mundial do lançamento de dardo, fato que repetiria em 1995 e 2001. Ainda nas Olimpíadas, conquistaria o ouro em Atlanta e Sydney. Além disso, é o recordista mundial da prova, com 98,48 m desde 1996, o que o faz ser considerado o melhor de todos os tempos.

Com a separação sem traumas, a economia tcheca não teve problemas para se estabelecer como uma das principais do Leste Europeu, principalmente pela exportação de máquinas e peças automotivas. O esporte se beneficiou da estabilidade e faturou quatro medalhas de ouro em sua primeira olimpíada, em Atlanta-1996. Porém, os atletas não acompanharam o bom desempenho financeiro do país e a República Tcheca foi caindo gradativamente de rendimento, culminando com apenas um ouro em Atenas-2004.

Assim, os Jogos de Pequim representaram uma discreta volta por cima, pelo menos na quantidade de vitoriosos. De um, os tchecos passaram a três campeões, com as vitórias no tiro (duas) e no lançamento de dardo, com Barbora Spotakova. O destaque individual foi a atiradora Katerina Emmons, que ganhou o primeiro ouro de um atleta na China e ainda levou uma prata. Apesar disso, o total de medalhas caiu de oito para seis em relação à Grécia e o país ainda tem muito a trabalho para crescer até Londres-2012.

Astro

Reuters

Barbora Spotakova

A atleta mantém a tradição no lançamento de dardo e é campeã mundial e olímpica. Além disso, das 10 melhores marcas no ano, cinco são suas.

Curiosidade

Reuters

Derradeiro

O último grande evento realizado com a Eslováquia foi o Mundial masculino de hóquei no gelo em 1992, vencido pela Suécia com a Tchecoslováquia em terceiro.

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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