UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

Hungria

Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
21º 3 5 2 10
Posição Ouro Prata Bronze Total
156 136 157 449
Capital
Budapeste
Idioma
Húngaro
Área do território
93.030 km2
População
9,9 milhões
Forma de governo
República parlamentarista
PIB*
US$ 138,4 bilhões
Moeda
Forinte
Posição no IDH**
36º (0,874)

Potência na Guerra Fria, Hungria segue caindo após fim do socialismo

Quando as Olimpíadas modernas começaram, com a edição de Atenas-1896, o país era parte do Império Austro-Húngaro, que se virou ruína com a Primeira Guerra Mundial (1914-18). Nesta época, poucas medalhas são conquistadas e por isso, era difícil imaginar que o país se tornaria uma das potências olímpicas.

No período entre guerras, apesar do momento político difícil, quando chega a perder parte de seu território para países vizinhos, o desempenho nos Jogos melhora e o aumento no número de medalhas é considerável, principalmente em Los Angeles-1932 e Berlim-1936, quando chega a mais de 30 pódios e fica com o sexto e terceiro lugar, respectivamente. No entanto, é após o fim da Segunda Guerra Mundial e sob a influência dos soviéticos que o país passa a conquistar medalhas em uma quantidade que lhe faria figurar entre as maiores nações olímpicas de todos os tempos.

Em Helsinque-1952, a Hungria teve a melhor participação da história, com 42 medalhas conquistadas, sendo 16 de ouro, e o terceiro lugar na classificação. Quatro anos antes, brilhava o maior nome do esporte olímpico húngaro: o esgrimista Aladar Gerevich, que venceu as provas individual e por equipes no sabre. Gerevich é até hoje o único a ganhar por seis edições seguidas a mesma prova (sabre por equipes) e o único a subir ao pódio por tanto tempo.

Foi justamente antes dos Jogos de Melbourne-1956 que a Hungria assumiu um protagonismo mundial, mas na política. A insatisfação com o governo centralista e repressor da época fez os estudantes iniciarem uma revolta em prol do "verdadeiro socialismo" que ganhou apoio da população, sindicatos e militares e derrubou as autoridades de plantão. A invasão de tanques soviéticos sufocou a revolta e foi a primeira decepção internacional com o bloco liderado por Josef Stalin.

A ação repressora fez com que países como Holanda, Espanha e Suíça boicotassem as Olimpíadas de Melbourne naquele mesmo ano como forma de protesto. Mas a Hungria foi e protagonizou uma das maiores batalhas esportivas decorrentes da política. No pólo aquático, as duas nações se enfrentaram pelo ouro, os húngaros receberam apoio da maioria da torcida local e ganharam a partida, que ficou marcada também por uma briga entre os jogadores durante a final.

Desde então, mesmo sob o contínuo domínio comunista, a Hungria se manteve na elite mundial olímpica. São os maiores vencedores em esportes tradicionais da competição como futebol, pentatlo moderno e pólo aquático e ainda se destacam na canoagem, esgrima, natação, boxe, ginástica artística e tiro esportivo. Porém, com o colapso do comunismo no final dos anos 1980, o país viu a política esportiva ser preterida pelas reformas econômicas e privatizações, com o desempenho caindo gradativamente. Em Sydney-2000 e Atenas-2004, o país foi a apenas 17 pódios - 13º colocado no geral -, o menor número desde Berlim-1936.

Pequim foi mais uma prova disso. De 17, o país caiu para dez medalhas no total, ficando na 21ª posição no geral. O que segurou o resultado foi a canoagem, com quatro das medalhas. No entanto, os dois ouros, apenas, mostraram que a aproximação dos rivais é maior. A Alemanha empatou no número de campeões e a hegemonia tem o risco de cair a partir de Londres-2012. O destaque coletivo mais uma vez foi com a seleção de pólo aquático, que venceu os norte-americano na final, sagrando-se tricampeã. Também na água, a estrela local da natação Laszlo Cseh foi responsável por três das cinco pratas conquistadas pelo país nos Jogos.

Astro

AFP

Georgely Kiss

O jogador é o grande nome da seleção de pólo aquático, atual tricampeã olímpica e vice mundial. Em Atenas-2004, ele marcou o gol da vitória na final.

Curiosidade

Divulgação

Boa adaptação

Karoly Takacs era destro e o melhor atirador do país, até que uma granada lhe arrancou o braço. Com o esquerdo, porém, foi ouro nos Jogos de 48 e 52.

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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