UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

Cazaquistão

Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
29º 2 4 7 13
Posição Ouro Prata Bronze Total
49º 7 12 7 26
Capital
Astana
Idioma
Cazaque
Área do território
2.717.300 km2
População
15,3 milhões
Forma de governo
República presidencialista
PIB*
US$ 103,8 bilhões
Moeda
Tenge
Posição no IDH**
73º (0,794)

Na nação de Borat, reina a diversidade étnica e o autoritarismo

O Cazaquistão é uma das poucas ex-repúblicas da União Soviética que podem se gabar de ter certa estabilidade econômica, conseguir quitar a dívida com o FMI e manter o controle de uma população marcada pela diversidade. Na nação que se divide entre muçulmanos e católicos ortodoxos, e conta com mais de 100 etnias, o bom momento, porém, foi alcançado através de uma política autoritária e pouca (ou nenhuma) brecha para mudanças.

Nursultan Nazarbayev foi um dos maiores incentivadores para o país conseguir a independência da União Soviética em 1991 e se elegeu no mesmo ano como presidente da nação. Quatro anos depois, o mandatário dissolveu o Parlamento, centralizou o poder e permanece no cargo até hoje. Ao mesmo tempo, a economia cresceu mais de 8% ao ano com a exploração de gás e petróleo, em que está entre os 20 maiores exportadores do mundo, e minérios como urânio, ouro e zinco.

Uma fórmula muito semelhante a um de seus maiores parceiros comerciais e com que divide fronteira: a China, sede dos Jogos Olímpicos. As duas nações têm bom relacionamento, e o Cazaquistão, inclusive, foi o primeiro país a receber a tocha olímpica em seu revezamento pelo mundo. Nazarbayev foi um dos participantes do revezamento e tratou de defender a passagem do símbolo olímpico em um momento em que várias manifestações se deflagravam no mundo contra o revezamento.

A ligação entre os dois países vem já da metade do século passado, quando a China acolheu cazaques que fugiam para escapar da repressão da União Soviética ao movimento dos agricultores locais. Nesta “contenção” morreram mais de 1,5 milhão de pessoas. No lado esportivo, o Cazaquistão fez parte da CEI em Barcelona-1992, iniciando sua participação independente em Atlanta-1996, quando obteve três ouros, quatro pratas e quatro bronzes, tendo o boxe como seu carro-chefe, com quatro pódios, incluindo o ouro de Vasili Jirov.

Depois de um período de declínio nas Olimpíadas, Pequim mostra uma recuperação do esporte cazaque. Em Sydney-2000, foram três ouros e quatro pratas, número que foi reduzido em Atenas-2004 para um ouro, quatro pratas e três bronzes. Na China, foram dois ouros, quatro pratas e sete bronzes, o que colocou o país na 29ª colocação no quadro de medalhas.

Praticamente todas as medalhas do Cazaquistão vieram de esportes de luta, tirando quatro medalhas do levantamento de peso. O país perdeu o bom desempenho que tinha no tiro, mas teve êxito na luta, no taekwondo e no boxe, além de uma prata no judô. Uma das maiores estrelas do país, o ciclista Alexander Vinokourov, ficou fora de Pequim e encerrou a carreira de forma melancólica, com o nome envolvido em escândalo de doping e suspenso por um ano. Após o caso, o campeão da Volta da Espanha-2006 e Paris Nice-2002 e 2003 anunciou a aposentadoria.

Astro

Divulgação/AIBA

Bakhyt Sarsekbayev

O pugilista de 26 anos chegou sem tanta badalação, venceu todas e levou para casa o ouro olímpico na categoria até 69 kg.

Curiosidade

AP

Na telona

O país ganhou fama em 2006 através do personagem Borat no filme “Borat: o segundo melhor repórter do glorioso país Cazaquistão viaja à América”.

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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