Situada entre russos e alemães, a Polônia sempre sofreu com o expansionismo dos vizinhos (reflexo disso é a expressão popular "corredor polonês"). O reino independente já no século 9 sofreu diversas invasões. Do fim do século 17 até o início do século 20, seu território foi invadido por Rússia, Suécia, Áustria e Prússia. Depois da Primeira Guerra Mundial, em 1918, a Polônia finalmente voltou a ser um país independente, mas só foi disputar sua primeira Olimpíada em Paris-1924.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o país voltou a ser invadido, dessa vez pela Alemanha. Com o fim do conflito, voltou a ser uma nação independente, mas vivendo sob a influência da União Soviética. Foi no período da Guerra Fria que a Polônia obteve seus melhores desempenhos olímpicos, conquistando 26 medalhas em Montreal-1976 e 32 em Moscou-1980.
Sem ter grande destaque em uma modalidade específica, a polivalente Polônia tem uma boa média de medalhas, quase 14 por Olimpíada. Recentemente, o país tem se destacado principalmente no atletismo e na natação, com nove medalhas (seis de ouro) nessas modalidades nos últimos dois Jogos Olímpicos.
No atletismo, destaca-se o marchador Robert Korzeniowski, com três medalhas de ouro, e Anna Rogowska, do salto com vara, que ficou em terceiro em Atenas-2004. A saltadora, que tem índice olímpico e está com a 15ª melhor marca do ano, não é a principal aposta da Polônia na prova. Sua compatriota Monika Pyrek fez o quarto melhor salto da temporada, 4m75, e foi bronze no mundial de Valência, em março desse ano.
A nadadora Otylia Jedrzejczak é outra polonesa que se destacou em Atenas-2004. Ela faturou um ouro, nos 200 m borboleta, e duas medalhas de prata, nos 400 m livre e nos 100 m borboleta. Otylia, que já deteve o recorde mundial dos 200 m borboleta em duas ocasiões (2002 e 2005), conseguiu bons resultados no último Mundial, em Melbourne-2007: prata nos 200 m borboleta e bronze nos 400 m livre.
Em Pequim, o país teve um desempenho muito semelhante a Atenas, mas melhorou na cor de suas medalhas, totalizando mais uma vez dez pódios. Entre as duas edições, os ouros acabaram empatados, com três - desta vez no arremesso de peso, do atletismo, remo e ginástica artística. O maior crescimento foi no número de pratas em relação aos bronzes, já que os poloneses tiveram seis vice-campeões, com destaque mais uma vez para atletismo e remo. O único bronze foi com Agnieszka Wieszczek, na luta.
Ouro em Atlanta-1996 e bronze em Atenas-2004 na classe Finn, o velejador mudou para a classe Star, mas ficou longe do pódio. Já Scheidt e Prata foram prata.
Campeã dos 100 m rasos em 1932, Stanislawa Walasiewicz era hermafrodita; em 1964, Ewa Klobukowska foi reprovada no teste de feminilidade.
* Dados: The World Factbook - CIA
** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007