Se depender de tradição em Olimpíadas, certamente o Azerbaijão não está entre as equipes mais cotadas a conquistar muitas medalhas. O país aparece apenas em 65º no quadro geral. Porém, em uma modalidade, a ex-nação da União Soviética se sobressai: a luta.
Desde as Olimpíadas de Atlanta-1996, primeira disputada pelo Azerbaijão como país independente, a luta garante pelo menos uma medalha. Nos Estados Unidos, Namig Abdullayev foi prata e, quatro anos depois, em Sydney, ouro. Em Atenas-2004, foi a vez de Farid Mansurov subir no degrau mais alto do pódio e garantir a hegemonia do Azerbaijão na modalidade. Em Pequim, só a luta faturou quatro medalhas, duas de prata e duas de bronze.
A tradição na luta, entretanto, existe há muito tempo. Em Helsinque-1952, Rashid Mammadbeyov levou a prata e Artyom Teryan o bronze na luta livre. Na época, a nação ainda integrava a União Soviética. A separação aconteceu em 1991.
Com recursos naturais diversos, dos quais se destacam o gás natural, os minérios, além de um amplo campo de terras agrícolas, com destaque para o cultivo do algodão, o Azerbaijão é reconhecido como um dos países mais ricos em jazidas de petróleo do mundo.
O dinheiro desta produção garante um investimento cada vez maior do governo no esporte e parece melhorar o desempenho do país a cada Olimpíada. Em Atenas-2004, o Azerbaijão conquistou o maior número de medalhas da sua história na competição. Foram cinco (uma de ouro e quatro de bronze). Além do ouro de Mansurov, dois bronzes foram conquistados no tiro esportivo e os outros dois no boxe.
Na última edição dos Jogos, em Pequim-2008, todas as medalhas do país foram em esportes de combate. O único ouro conquistado foi no judô, com Elnur Mammadli, na categoria até 73 kg, além do bronze de Movlud Miraliyev, na categoria até 100 kg. Além das quatro medalhas de luta, outro esporte que abocanhou medalha em Pequim foi o boxe, uma medalha de bronze com Shahin Imranov, na categoria até Até 57 kg.
A maior aposta do Azerbaijão na luta greco-romana, atual campeão mundial e ouro em Atenas, foi eliminado logo na primeira luta em Pequim.
Metade da população do Azerbaijão não tem acesso a esgoto e somente um quarto dos habitantes do país recebe água tratada em casa.
* Dados: The World Factbook - CIA
** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007