UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

Jamaica

Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
13º 6 3 2 11
Posição Ouro Prata Bronze Total
48º 7 21 14 42
Capital
Kingston
Idioma
Inglês
Área do território
10.991 km2
População
2,8 milhões
Forma de governo
Monarquia parlamentarista da Comunidade Britânica
PIB*
US$ 11,2 bilhões
Moeda
Dólar jamaicano
Posição no IDH**
101º (0,736)

Velocidade coloca Jamaica no topo do cenário olímpico

Um país apaixonado por reggae, futebol e críquete. Esta é uma das maneiras de definir a Jamaica. No entanto, quando o assunto é Olimpíada, é nas pistas que brilham os atletas nascidos na ilha localizada no Mar do Caribe. Ao longo da história, a Jamaica coleciona 42 medalhas. A grande maioria em provas de velocidade. Aliás, de todos os pódios, só um não vem do atletismo. Em 1980, David Weller foi bronze na prova de 1 km contra o relógio, do ciclismo.

A tradição chegou a virar supremacia nos Jogos disputados na China. Os jamaicanos reinaram na pista do Ninho de Pássaro e o mundo se rendeu principalmente aos feitos de Usain Bolt, que chegou como recordista mundial dos 100 m rasos e saiu ainda mais fortalecido. Sozinho, ele foi responsável por dois ouros e dois recordes mundiais, nos 100 m e 200 m, e repetiu a dose com o quarteto do 4 x 100 m rasos. Além disso, um momento memorável foi com o pódio todo em verde, amarelo e preto nos 100 m rasos feminino. Shelly Ann Fraser foi campeã, seguida de duas medalhistas de prata, empatadas: Sherone Simpson e Kerron Stewart.

Todas as 11 medalhas em Pequim foram conquistadas dentro do estádio sede do atletismo olímpico e o resultado foi o melhor da história dos caribenhos, com um total de 11 medalhas, ficando na 13ª colocação no quadro geral de países. Até então, o melhor resultado fora em Sydney, com sete pódios, mas nenhum ouro. Atenas mostrou crescimento na qualidade, com dois ouros, mas rendeu apenas seis medalhas à Jamaica.

A explicação para esta verdadeira fábrica de velocistas passa por uma estrutura montada especialmente para descobrir atletas potenciais. Apesar dos recursos escassos – o PIB do país sequer chega à casa dos US$ 12 bilhões -, a Jamaica conta com uma universidade especializada em formar treinadores e olheiros que garimpam novos talentos.

Foi assim que a Jamaica descobriu Usain Bolt, atual recordista dos 100 metros com a marca de 9s69. Até os 12 anos, Bolt era um garoto pobre que, mesmo sem muito talento, sonhava em seguir carreira no críquete. Sem conseguir evoluir com taco e bolinhas, foi aconselhado a correr e viu a carreira de velocista decolar quando ganhou o título mundial Junior dos 200 m quando tinha 15 anos.

Bolt atingiu o estrelato nesta temporada ao bater o recorde de seu compatriota Asafa Powell, em maio, nos Estados Unidos. Powell, hoje o segundo mais rápido do mundo, detinha o melhor tempo com 9s74. Powell foi a decepção jamaicana, uma vez que ficou apenas em quinto nos 100 m rasos e evitou uma dobradinha do país no pódio.

A Jamaica ganhou suas primeiras insígnias olímpicas em 1948, em Londres. Arthur Wint foi prata nos 800 m rasos e venceu os 400 m rasos, prova em que foi seguido por Herbert McKenley. O recorde de conquistas, entretanto, pertence à veterana Merlene Ottey, que coleciona cinco bronzes e três pratas. Merlene disputou sua primeira Olimpíada em 1980 e, 28 anos depois, ainda está na ativa. Desta vez, entretanto, faz parte da delegação da Eslovênia.

Astro

Reuters

Usain Bolt

O homem mais rápido do mundo ficou com três ouros e três recordes mundiais, sendo uma das maiores estrelas dos Jogos de Pequim

Curiosidade

AP

Inovador

A aventura de ter um time de bobslead nas Olimpíadas de Inverno de 1988 virou filme e deu notoriedade a competidores sem êxito no atletismo

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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