A Coréia do Sul é o berço do taekwondo, e após Pequim segue imbatível no esporte em Olimpíadas. O país foi o que mais conquistou medalhas na modalidade desde Sydney-2000, quando o esporte se tornou olímpico – nove de ouro, uma de prata e duas de bronze.
Os quatro taekwondistas sul-coreanos presentes no torneio olímpico de 2008 foram medalhistas de ouro. Duas mulheres (Sujeong Lim, na categoria até 57 kg, e Kyungseon Hwang, na categoria até 67 kg), e dois homens (Taejin Son, até 68 kg, e Dongmin Cha, na categoria acima de 80 kg). A modalidade ainda teve a brasileira Natália Falavigna como medalhista de bronze, fato inédito para o esporte no Brasil até então.
Uma aposta que deu certo para a Coréia do Sul em Pequim foi a taekwondista Hwang, que já tinha conquistado o bronze em Atenas-2004 e vinha de três ouros seguidos na sua categoria, nos mundiais de Madri (2005) e Pequim (2007), e também nos Jogos Asiáticos de Doha, no Qatar, em 2006.
As 31 medalhas conquistadas fizeram dos Jogos de Pequim o de melhor desempenho do país desde os Jogos de Seul-1988, quando a Coréia do Sul foi sede olímpica. Até então, a marca atingida em Atenas-2004 era a segunda melhor, quando foram 30 medalhas para os sul-coreanos.
O tiro com arco é outra força sul-coreana em Olimpíadas. Na modalidade o país conquistou cinco medalhas olímpicas em 2008, sendo duas de ouro.
No individual feminino, a grande campeã Sung-Hyun Park foi desbancada na final pela chinesa Juan Juan Zhang, medalhista de ouro, quebrando uma hegemonia que durava 24 anos, desde Los Angeles-1984. Na disputa por equipes, as sul-coreanas seguem invictas no tiro com arco desde Seul-1988.
A Coréia do Sul surgiu após a Guerra da Coréia (1950-1953), que dividiu o país entre um território capitalista e um comunista. No sul, houve um grande crescimento econômico, algo em torno de 14 vezes mais que a vizinha setentrional. Nos Jogos Olímpicos, a vantagem sul-coreana é total, superando em cerca de cinco vezes a vizinha do norte em número de medalhas, com um total de 215 contra 41 no quadro geral.
A capital, Seul, foi o palco das Olimpíadas de 1988, quando a Coréia do Sul obteve seu melhor resultado de todos os tempos – quarto lugar no ranking da competição, com 33 medalhas, sendo 12 de ouro. A vizinha Coréia do Norte, e também Cuba, boicotaram o evento por razões diplomáticas. Em 2002, a rica Coréia do Sul também foi palco da Copa do Mundo de futebol, sediada em parceria com o Japão.
Nos anos 90, a Coréia do Sul, junto com outros países do continente, formaram os chamados “tigres asiáticos”, pelo rápido crescimento. A crise no final daquela década freou algumas economias, mas a Coréia do Sul resistiu graças as suas corporações (algumas patrocinadoras dos Jogos) e suas exportações industrializadas.
A arqueira Sung-Hyun Park, campeã em Atenas-2004, perdeu a final individual e acabou com 24 anos de domínio sul-coreano na prova
Em Atenas, o ginasta Yang Tae-young ficou inconformado ao perder o ouro para Paul Hamm e protestou. Três árbitros foram suspensos, mas as notas, não.
* Dados: The World Factbook - CIA
** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007