Por mais que os gregos tenham a fama da invenção dos Jogos Olímpicos, que eram jogados na Era Antiga, foi um francês que trouxe para Era Moderna as disputas. O barão Pierre de Coubertin nasceu em Paris em 1863 e ficou famoso por instituir o Comitê Olímpico Internacional, o qual foi presidente, e depois as Olimpíadas.
Coubertin apareceu no cenário francês justamente no momento da "Belle Époque", período no final do século 19 com inovações nas artes, imperialismo próspero e calma política. Até antes de abrigar a segunda edição das Olimpíadas da história, em 1900, os parisienses fizeram festa pelo centenário da revolução burguesa e o surgimento da Torre Eiffel.
O ano de 1889 marca os 100 anos do evento que mudou a França e influenciou o ideal republicano de todo o mundo. A revolução derrubou o rei Luis XVI, que acabou executado em 1793, e deu bases para o que é a França até hoje.
A iniciativa de se criar um evento que juntasse os países de todo o mundo em competições esportivas ajudou a propagar a influência francesa na cultura da época. Em 1896, o país ganhou apenas 11 medalhas. Em 1900, ficou pela única vez na liderança nas medalhas, afinal, era o anfitrião. Vinte e quatro anos depois, sediou novamente, ficou em terceiro.
O que impressiona nas medalhas francesas é o modo como elas foram conquistadas, em sua maioria, em esportes individuais. E isso justamente no país do lema "liberté, egalité, fraternité". Prova disso é que a França reina nos Jogos Olímpicos no individualista ciclismo, modalidade que tem no "Tour De France" seu principal evento mundial. Na última edição dos Jogos, Pequim-2008, os franceses conquistaram três medalhas com o individualista ciclismo e uma na prova de equipes.
Nos esportes coletivos, apesar de bons rendimentos em competições fora das Olimpíadas, os franceses tropeçam e tem poucos ouros. O país chegou à China apenas com três ouros em times: o rúgbi, em 1900, o pólo aquático, em 1924, e o futebol, 1984.
Para Pequim, os franceses se lamentavam do fiasco dos coletivos até para se classificarem aos Jogos. O vôlei chegou a ser finalista da Liga Mundial em 2006, mas não chegou à China. No basquete, mesmo com Tony Parker, astro do San Antonio Spurs da NBA, o time caiu na seletiva. O futebol também não foi.
Mas as medalhas vieram, principalmente com o ouro do handebol masculino, que recebeu uma grande festa na chegada a Paris. Houve ainda a prata no ciclismo na prova pista em velocidade, na natação, prata no revezamento 4 x 100 m livre, e na vela, bronze na vela na prova 470M, assim como na canoegam na prova K2 - 500 m.
Além disso, mais seis ouros foram somados, todos individuais, principalmente no ciclismo e na esgrima, com dois nomes cada subindo ao lugar mais alto do pódio. Os 7 ouros, 16 pratas e 17 bronzes representaram o maior total de medalhas na história do país desde 1900, quando Paris foi a sede dos Jogos. Apesar deste cresimento em relação a Atenas-2004 (33 pódios), o número de ouros caiu bastante, de 13 em Sydney e 11 em Atenas para sete na China.
Apesar da evolução, um grande fator ocupa na lista de fracassos dos europeus, com a perda da sede de 2012 dos Jogos para a rival Inglaterra.
Atual recordista mundial, o nadador foi ouro nos 100 m livres em Pequim, prova que o brasileiro César Cielo venceu o bronze.
Campeã olímpica em Atenas-2004, Laure Manaudou é nadadora francesa que foi flagrada em fotos picantes com o namorado no banheiro
* Dados: The World Factbook - CIA
** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007