A Finlândia tem um quarto de seu território mergulhado dentro do circulo polar ártico e 60% de sua área terrestre tomada pela floresta boreal. A população não chega à casa dos seis milhões de habitantes e, durante o inverno, o ponto mais setentrional do país chega a ficar 51 dias sem ver o nascer do Sol. Apesar das condições climáticas e geográficas adversas às práticas esportivas dos Jogos de Verão, a Finlândia já foi uma potência olímpica.
Em 1924, nas Olimpíadas de Paris, a Finlândia ficou em segundo lugar ao conquistar 37 medalhas (14 de ouro, 13 de prata e 10 de bronze). Quatro anos depois, em Amsterdã, foi a terceira nação com mais vitórias, colecionando oito ouros, oito pratas e nove bronzes. Ao longo da história dos Jogos, subiu ao pódio 295 vezes, o que a coloca como a 13ª maior vencedora.
Mas a Finlândia, hoje, não consegue mais repetir as glórias do passado. Foram apenas duas pratas em Atenas-2004, quatro medalhas, sendo uma de ouro, em Pequim-2008 e nada além de dez medalhas neste século. O curioso, entretanto, é que a vertiginosa queda no número de conquistas finlandesas teve início logo depois de a capital Helsinque ter recebido os Jogos de 1952. Foram 22 medalhas e a modesta oitava colocação – o quarto pior desempenho de um anfitrião na história ao lado da Holanda, em Amsterdã-1928.
Em Pequim, Tero Pitkämäki foi bronze no lançamento de dardo, modalidade que, com esta conquista, tem 22 pódios (oito de ouro, oito de prata e seis de bronze). O maior resultado veio no tiro esportivo. Satu Nummela rompeu o jejum de Atenas e conquistou o primeiro ouro desde Sydney-2000, na fossa olímpica. Ainda que tenha crescido - foram quatro medalhas, um ouro, uma prata e dois bronzes -, os finlandeses o fizeram de modo discreto e ainda estão longe de voltarem aos seus tempos áureos.
Sem o mesmo rendimento nos esportes olímpicos, o país tem brilhado mesmo é no automobilismo. Desde 1990, o país já celebrou os títulos de Mika Hakkinen e Kimi Räikkönen na Fórmula 1, Juha Kankkunen, Tommi Mäkkinen e Marcus Gronholm no Mundial de Rali, e Ari Vatanen no Rali Paris-Dacar.
Campeão mundial, bronze em Pequim, ele venceu a eleição de melhor finlandês de 2007, superando o campeão de F-1, Räikkönen.
Em 2004, o país ficou pela primeira vez sem o ouro desde 1904. Os finlandeses levaram duas pratas, uma no tiro e outra na luta greco-romana.
* Dados: The World Factbook - CIA
** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007