País nórdico, acostumado a baixas temperaturas e que convive com a neve praticamente o ano inteiro, a Noruega se tornou líder natural dos Jogos de Inverno, a versão quadrienal das Olimpíadas para esportes na neve. Tanto que os principais esportes do país, o esqui cross-country e o snowboard, não estão listados nas modalidades de Pequim.
A Noruega é a campeã das edições do frio dos Jogos, com 280 medalhas, mais que o dobro daquelas conseguidas nas edições de verão, que somam 135. Não se pode dizer, porém, que a delegação foi fraca na China, contando com cerca de 80 competidores.
Nos esportes coletivos, a força vem do futebol. A equipe feminina, que conseguiu o ouro em Sydney, se preparou para surpreender em Pequim, mas não trouxe medalhas. Quem tomou o lugar foi o handebol feminino, com um dos três ouros dos nórdicos.
O país também tem tradição em esportes náuticos, herança dos antepassados vikings, que entre os séculos 9 e 11 pilharam e invadiram a Europa. As gerações não apagaram o desejo dos atletas locais de navegarem e foram oito os noruegueses competindo na vela. O Rei Harald 5- ele próprio um ex-atleta olímpico em Tóquio-1964 - emprestou um de seus barcos para o treinamento dos atletas. O esforço não deu resultado, mas, nas águas, foram conquistados um ouro (remo), duas pratas (canoagem e natação) e um bronze (natação).
No geral, os noruegueses conseguiram manter a média entre seis e dez medalhas que vem tendo desde Barcelona-1992. No entanto, a evolução quista não foi vista na China e o número de ouros caiu de cinco, em Atenas, para três, mesmo que o total tenha ido de seis para dez pódios.
A Noruega possui renda per capita de US$ 53 mil ao ano. Antes da riqueza, entretanto, a Noruega foi por séculos um país controlado pela Dinamarca. Em 1814 houve um movimento pela autonomia, mas foi criada uma união com a Suécia, que duraria quase 100 anos. Em 1905 os dois países entraram em acordo e os noruegues se tornaram finalmente independentes.
Apreciado no mundo todo, o bacalhau da Noruega continua a ser um dos grandes responsáveis pela economia local, mas nada se compara à exportação de petróleo, cujo volume está entre os maiores do mundo.
O nadador Alexander Dale Oen foi uma das grandes promessas da Noruega. Ele apareceu como favorito nos 100 m peito, e levou a medalha de prata.
O casamento gay já é uma realidade na Noruega. Em junho, o parlamento aprovou a lei que garante aos homossexuais os mesmos direitos dos heteros.
* Dados: The World Factbook - CIA
** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007