UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

Marrocos

Arte UOL
Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
65º 0 1 1 2
Posição Ouro Prata Bronze Total
53º 6 4 9 19
Capital
Rabat
Idioma
Árabe
Área do território
446.550 km2
População
34,3 milhões
Forma de governo
Monarquia parlamentarista
PIB*
US$ 73,4 bilhões
Moeda
Dirham
Posição no IDH**
126º (0,646)

Órfão do astro fundista, Marrocos se volta para esperança feminina

Distante das potências esportivas mundiais, o Marrocos mantém a tradição africana de berço de excelentes corredores de média e longa distância. Sem exagero, das 19 medalhas conquistadas pelo país na sua trajetória nos Jogos Olímpicos, 16 delas vieram das pistas de atletismo. Entretanto, o maior vencedor da história do Marrocos, o campeão olímpico dos 1.500 m Hicham El Guerrouj, conhecido como o “Rei da Milha”, aposentou-se em 2006, e deixa órfã a delegação que encabeçou desde Atlanta-1996.

El Guerrouj dominou os Mundiais de 1997 a 2003, vencendo os 1.500 m quatro vezes seguidas. Sua carreira olímpica, entretanto, foi escrita em tons mais dramáticos. Em Atlanta-1996, El Guerrouj, então aos 22 anos, surpreendeu o mundo ao liderar sua principal prova até a última volta, quando tropeçou nas pernas do segundo colocado e caiu.

Quatro anos mais tarde, o marroquino chegou a Sydney como recordista mundial dos 1.500 m. Na grande final, contudo, ele foi superado pelo queniano Noah Ngeny e teve que se contentar com a prata. A redenção só viria em Atenas-2004, quando Guerrouj venceu não apenas os 1.500 m, mas também os 5.000 m, quatro dias depois. Foi a primeira vez que um atleta conseguiu vencer as duas provas na mesma edição dos Jogos desde Paavo Nurmi, o lendário fundista finlandês da década de 20.

Sem um substituto à altura para seu rei, o Marrocos teve na figura de uma mulher sua maior esperança. Hasna Benhassi, vice-campeã mundial em Helsinque-2005 e vice-olímpica nos 800 m em Atenas-2004, é a maior corredora do país e conquistou a medalha de bronze em sua prova. Benhassi tem a quem puxar. Em Los Angeles-1984, o mundo se rendeu à agilidade de Nawal El Moutawakel, que venceu os 400 m com barreiras e tornou-se a primeira mulher de um país islâmico a ganhar uma medalha olímpica.

Além disso, o melhor resultado marroquino em 2008 foi com a prata de Jaouad Gharib. Na maratona masculina, o fundista fez uma grande prova e suportou as dores dos mais de 42 km de percurso para chegar em segundo, atrás do queniano Samuel Wansiru. Mesmo assim, esta foi a pior campanha do país desde Atlanta-1996, quando foram conquistados dois bronzes, com o mesmo total de medalhas de Pequim.

Com uma localização geográfica privilegiada, em um dos lados do estreito de Gibraltar e a 15 km da Europa, o Marrocos está na porta de entrada para o mar Mediterrâneo. Com tamanha importância geopolítica, o país foi objeto de desavenças históricas entre potências européias. Primeiramente espanhóis e portugueses e, no século 19, firmou-se o domínio francês sobre esta colônia após acordo com os ingleses. A independência viria somente anos após a Segunda Guerra Mundial, em 1956, e quatro anos depois o país daria início à sua história olímpica.

Astro

Reuters

Prodígio

Capitão da delegação nacional de taekwondo, Abdelkader Zrouri deu seus primeiros golpes ainda criança, aos nove anos de idade.

Curiosidade

Reuters

Maternidade

Em 2002, Hasna Benhassi, que significa "encantadora", deixou o esporte para ser mãe. Ela deu à luz a Farah, que significa "alegria" em árabe.

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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