UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

Venezuela

Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
81º 0 0 1 1
Posição Ouro Prata Bronze Total
80º 1 2 7 10
Capital
Caracas
Idioma
Espanhol
Área do território
912.050 km2
População
26,4 milhões
Forma de governo
República presidencialista
PIB
US$ 236,4 bilhões*
Moeda
Bolívar
Posição no IDH
74º (0,792)**

Esporte vira bandeira da política de Chávez, mas decepciona

Atualmente, a Venezuela se notabiliza no cenário mundial por causa do seu petróleo (é a décima maior produtora mundial) e de seu presidente, Hugo Chávez, que faz uma clara contraposição à política norte-americana na América do Sul. A "Pequena Veneza", nome dado pelas palafitas indígenas no lago de Maracaibo, foi colonizada pelos espanhóis, mas conquistou sua independência por meio de Simon Bolívar, que libertou a Colômbia e o Equador também.

O discurso de reformas de base e investimentos sociais do governo chavista tem como um dos pilares o esporte, o que explica os altos investimentos que acabam retornando para o governo como propaganda. O país não tem muita tradição nas Olimpíadas, acumulando antes de Pequim apenas dez medalhas, das quais metade veio do boxe, incluindo o único ouro, com Francisco Rodríguez, no peso mosca ligeiro.

A importância dada ao esporte na Venezuela vem crescendo, tanto que foi criada uma comissão presidencial temporária para apoiar os atletas venezuelanos na disputa das Olimpíadas. Além disso, o país tem promovido um constante intercâmbio para que os seus competidores possam evoluir e aprender técnicas diferentes. É o caso, por exemplo, do taekwondo, que se preparou na Coréia do Sul e na China, e da esgrima, que, no ano passado, passou 15 dias treinando na Bulgária.

Os investimentos vinham mostrando resultado e o país, que antes era conhecido apenas no beisebol, boxe, luta, levantamento de peso e nas disputas de Miss Universo, contou com sua maior delegação olímpica na história. O país levou mais de 100 venezuelanos com vaga garantida nos Jogos de Pequim, em 22 modalidades diferentes, mas a grandeza não se converteu em medalhas.

Os venezuelanos amargaram um único bronze na competição - em Atenas foram dois no total -, fruto do investimento forte no taekwondo. Dalia Contreras Rivero ficou com a medalha na categoria até 49 kg, mas o país não passou da fraca 81ª posição, junto a outros países que só conquistaram uma medalha de bronze. O forte boxe teve seis pugilistas, mesmo número da delegação brasileira, mas não houve pódio.

Em Atenas-2004, destacaram-se o taekwondo, responsável por uma medalha de bronze, com Adriana Carmona, e a natação, com Albert Subirats. Outros esportes não-olímpicos também chamam a atenção do público venezuelano. O sombo, uma arte marcial originária da Rússia, chegou a ser esporte pan-americano quando a Venezuela foi sede, em 1983. Bolas criollas, uma mistura de bocha, também é muito praticado no país.

Astro

Reuters

Albert Subirats

O nadador é a grande aposta do país, já que ele foi bronze nos 100 m borboleta no Mundial do ano passado, realizado em Melbourne

Curiosidade

Reuters

Pitada brasileira

Ricardo Navajas treinou por muitos anos o Suzano, assumiu a seleção da Venezuela há dois anos e levou o país pela 1ª vez às Olimpíadas.

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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