UOL Olimpíadas 2008 Países participantes
 

Irã

Arte UOL
Resumo de medalhas
Posição Ouro Prata Bronze Total
51º 1 0 1 2
Posição Ouro Prata Bronze Total
42º 10 15 21 46
Capital
Teerã
Idioma
Persa
Área do território
1.648.000 km2
População
65,8 milhões
Forma de governo
República islâmica
PIB*
US$ 294,1 bilhões
Moeda
Rial
Posição no IDH**
94º (0,759)

O país dos conflitos também é potência na luta

A mídia ocidental só fala da República Islâmica do Irã quando o assunto é seu programa nuclear, ameaças de embargo e seus filmes de arte. Se o futebol não se classifica para a Copa do Mundo, nada se sabe do esporte de lá. Mas, nos Jogos Olímpicos de Pequim, os iranianos somaram duas medalhas - uma de ouro e outra de bronze - e agora possuem 48 em toda a história, sendo que 11 no levantamento de peso, três na luta greco-romana e quatro no taekwondo.

A principal força da terra dos persas é a luta livre, com 30 pódios. A modalidade é tão importante que foi por meio dela que EUA e Irã começaram uma política de aproximação chamada “wrestling diplomacy”. Isso aconteceu no final dos anos 90 quando os dois países tinham governos mais distendidos. Mas esse cenário mudou com a subida de presidentes mais radicais ao poder (George W. Bush e Mahmoud Ahmadinejad).

Em Pequim, a delegação iraniana contou com 52 atletas em diversas modalidades. Ciclismo, basquete, boxe, judô, tênis de mesa, remo e tiro com arco marcaram presença, mas o grande destaque do país, como não poderia ser diferente, foi um lutador.

O taekwondista Hadi Saei, campeão em Atenas-2004 na categoria até 68 kg, migrou para a classe mais pesada, de até 80 kg. Ainda assim, levou a sua segunda medalha de ouro consecutiva, a única do país em Pequim. Completou o quadro de medalhas do Irã o bronze conquistado por Seyedmorad Mohammadi na luta livre.

No judô, o Irã também veio forte, mas acabou sem medalha. Arash Miresmaeili, um dos principais nomes da categoria do brasileiro João Derly (até 66 kg), foi eliminado na repescagem. Miresmaeili chegou como favorito em Atenas-2004, mas foi eliminado na primeira rodada, quando se negou a enfrentar o israelense Ehud Vaks devido à disputa político-ideológica entre os países.

Outra questão polêmica é a participação feminina. Como faz parte da cultura islâmica as mulheres usarem véu para cobrir os cabelos e o pescoço, considerados partes erógenas, é rara a participação olímpica: em Atenas-2004 só foi uma atiradora. Além das declarações pouco animadoras do próprio presidente, que questionou a necessidade de levar mulheres para os Jogos, elas não recebem recursos para ou treinamento.

A Federação Iraniana de Tênis de Mesa, por exemplo, alegou falta de dinheiro para enviar suas atletas a Pequim. Najmeh Abtin, atleta que tirou a vaga da brasileira Sarah Nikitin na última seletiva para os Jogos, acabou em 60º no tiro com arco. Outras iranianas que marcaram presença foram Homa Hosseini, no remo, e Sara Khosh Jamal, no taekwondo.

Astro

EFE

Hadi Saei

O iraniano de 32 anos conquistou em Pequim o seu segundo ouro em Olimpíadas, competindo em categorias diferentes no taekwondo.

Curiosidade

Reuters

"Burkini"

A Federação de Natação estuda criar um traje que cubra cada centímetro da pele, mas que também não pode ser apertado, mostrando as formas femininas

* Dados: The World Factbook - CIA

** Dados extraídos da avaliação do Pnud-2007

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