Daniela Alves

O início da carreira de Daniela foi na Portuguesa, clube no qual a atleta começou a jogar quando ainda tinha 13 anos

Assim como Marta e Cristiane, Daniela Alves era uma das maiores esperanças de trazer a inédita medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim. E não conseguiu. A meio campista até teve destaque em algumas partidas, mas não foi bem na final em que o Brasil acabou derrotado para os Estados Unidos por 1 a 0.

Daniela já percorreu equipes no exterior. Em 2004, ela atuou no futebol da Suécia ao lado das colegas de seleção Marta e Juliana - que voltou para o Brasil. Antes, passou pelos Estados Unidos, disputando a Liga Norte-Americana em 2003. Durante a disputa do Pan no Rio de Janeiro e da Copa do Mundo na China, estava de volta ao Brasil, atuando pelo Saad. Hoje, ao lado da companheira Cristiane, joga no Linkopings da Suécia.

Toda a carreira da atleta no Brasil foi desenvolvida na Portuguesa, onde ela entrou com apenas 13 anos, depois de assistir pela TV à transmissão do Paulistana (antigo Campeonato Paulista). Até então, Daniela jogava com os meninos na escola.

Apesar de todos em sua família terem experimentado o futebol, não houve apoio integral à escolha da jogadora. O pai, por exemplo, não gostava de vê-la no meio dos homens.

Mas Daniela contrariou a todos e seguiu na carreira e esteve no grupo que ficou em quarto lugar em Sydney-2000 e acredita que o Brasil desperdiçou as chances de medalha por falta de concentração, lembrando que problemas internos desviaram o grupo da meta.

Em Atenas, com o "grupo unido", ela ajudou o país a ganhar a histórica medalha de prata, mesmo se recuperando de estiramento no joelho sofrido três meses antes dos Jogos, durante os treinos com a seleção, sua segunda contusão no ano. Em março, também treinando, ela caiu e machucou a boca, tendo que passar por uma cirurgia.

Daniela foi muito importante dentro do esquema tático do treinador Jorge Barcellos nos Jogos Pan-Americanos de 2007, seu primeiro da carreira. Com atuações sólidas, auxiliando o time na marcação e encostando nas jogadoras de frente com muita eficiência, principalmente por causa dos fortes chutes de fora da área.

No Rio, ela anotou seis gols e foi a terceira artilheira da seleção, atrás somente das atacantes Marta (12 gols) e Cristiane (8 gols). Na decisão, marcou o último na goleada sobre os Estados Unidos, por 5 a 0.

Mais tarde, na Copa do Mundo disputada na China, seguiu como titular da equipe e uma das melhores na ótima campanha brasileira, que terminou com o vice-campeonato do torneio, perdendo a decisão para o forte time alemão de Prinz por 2 a 0.