Renan

Renan teve, nos Jogos, sua grande oportuinidade em uma grande competição. Foi bem e acabou chamado ao time principal.

Em agosto, o Brasil terá mais uma chance de buscar a inédita medalha de ouro nas Olimpíadas de Pequim, na China. Renan, do Inter, espera realizar seu grande sonho e continuar com a tradição do clube do Beira-Rio, que há décadas molda goleiros para as categorias de base da seleção.

Na melhor campanha brasileira, que acabou com a prata, era Gilmar quem estava debaixo das traves. O mais ilustre dos arqueiros colorados foi Taffarel, que depois de passar pelas equipes de base do Inter, consagrou-se batendo o recorde em atuações pela seleção na época (101 jogos) e sendo titular nas Copas do Mundo de 1990, 1994 e 1998.

A primeira vez que a torcida colorada ouviu falar de Renan foi em 2000, quando ele era titular do Inter campeão mundial sub-15. Oito anos depois e com diversas convocações para as seleções de base na bagagem, o jovem nascido em Viamão é hoje dono da posição. Profissional há quatro anos, Renan foi campeão gaúcho (2005 e 2008), da Libertadores da América (2006), do Mundial de Clubes da Fifa (2006), da Recopa (2007) e da Copa Dubai (2008).

Apesar de todo esse currículo, Renan só se firmou mesmo como titular nesta temporada. Em 2006, entretanto, tornou-se o goleiro do Inter com o maior tempo de invencibilidade, quebrando um recorde no Campeonato Brasileiro: ficou 795 minutos sem levar gol. Renan já foi sondado pelo Sporting, de Portugal, mas seu objetivo é permanecer no Beira-Rio, onde tem contrato até o final de 2011.

Renan acredita que se fizer uma boa Olimpíada poderá ganhar mais espaço na seleção principal. Ele também pretende seguir os passos de seus dois maiores ídolos, Taffarel e André. Os dois, igualmente criados no Inter, passaram tanto pelas seleções de base quanto pela principal.

Renan chegou à seleção olímpica como goleiro do Internacional e se despediu da China contratado pelo Valência. Consistente, o camisa 1 passou ileso pela campanha acidentada da equipe de Dunga. Sofreu gols somente contra a Argentina, pelas semifinais.

A seleção estreou contra a Bélgica por 1 a 0. Ainda pela primeira fase, goleou a Nova Zelândia e bateu a China. Nas quartas-de-final, o time de Dunga vingou a eliminação de Sydney-00 ao passar por Camarões. Na seqüência, porém, perdeu de 3 a 0 para a Argentina e deu adeus ao ouro.

A medalha de bronze que serviu de consolo à equipe veio com a Bélgica, com uma vitória também por 3 a 0.