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AP
A jovem Cristiane foi artilheira nestas Olimpíadas

Cristiane

A atacante fez o gol de ouro na final do Pan de Santo Domingo-2003, que deu a medalha de ouro da competição à seleção brasileira

Data de nascimento
15/08/1985
Local de nascimento
Osasco (SP)
Residência
Linköping (SUE)
Peso e altura
61 kg / 1,69 m
Posição
Atacante
Participação em Pequim
Prata

Cristiane foi uma das jogadoras que mais chorou quando ouviu o apito do árbitro na decisão do futebol feminino em Pequim. Ali acabou o sonho do ouro inédito para a seleção brasileira, que perdeu na prorrogação para os Estados Unidos por 1 a 0. Mesmo assim, Cristiane tem chances de ainda tentar a medalha dourada nas próximas edições dos Jogos, já que tem apenas 22 anos.

Desde criança, Cristiane já estava certa do que queria. A mãe quis inscrevê-la no balé e na ginástica artística, mas o que a menina gostava mesmo era de jogar futebol na rua. Percebendo o talento, o pai resolveu inscrevê-la na mesma escolinha do irmão.

Aos 14 anos, Cristiane resolveu fazer testes para o Juventus. O sucesso no futebol de campo foi tão grande que em 2001, aos 15 anos, foi convocada pela primeira vez para a seleção brasileira.

Em pouco tempo, a atacante conseguiu se firmar na equipe, mas um longo jejum de gols colocou-a novamente no banco de reservas. A redenção ocorreu nos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, em 2003.

Apesar das atuações irregulares durante a competição, Cristiane teve o privilégio de marcar o gol de ouro na final contra as canadenses. A partir de então, recuperou a auto-confiança e, em Atenas, demonstrou todo seu valor como atacante.

Cristiane começou os Jogos Olímpicos na reserva, mas acabou ganhando vaga no time com as lesões de Kelly e Grazielle na estréia contra a Austrália. A partir do jogo contra a Grécia, no encerramento da primeira fase, o talento da menina de 19 anos começou a aparecer. E Cristiane se tornou uma das principais jogadoras do time.

Rápida e inteligente, ela se tornou peça-chave no ataque brasileiro. E virou a artilheira da Olimpíada com cinco gols, empatada com a campeã mundial Prinz, da Alemanha. Na final contra os Estados Unidos, por muito pouco Cristiane não garantiu a medalha de ouro. Nos últimos minutos da partida, ela teve uma excelente oportunidade, mas a bola bateu na trave.

Os Estados Unidos venceram o Brasil por 2 a 1 no gol de ouro, e ficaram com a medalha de ouro, deixando as brasileiras com a inédita medalha de prata, que se repetiu nos Jogos de Pequim.

No Pan do Rio de Janeiro, Cristiane foi um dos grandes destaques do time. A camisa 11 anotou oito gols, sendo dois na final contra os Estados Unidos, e ficou na vice-artilharia, somente atrás da companheira Marta, que teve 13 gols no torneio.

Com a titularidade absoluta na equipe que foi vice-campeã mundial na China ao perder para a Alemanha por 2 a 0 logo após o Pan, Cristiane foi eleita a segunda melhor jogadora do mundo, perdendo a eleição apenas para a compatriota Marta, que fora escolhida pelo segundo ano consecutivo.

Em Pequim, a atacante seguiu como intocável no time de Jorge Barcellos e ao lado da própria Marta foi quem carregou a responsabilidade de não decepcionar a torcida brasileira, chegando ao menos no pódio.