Nicholas Santos

"2007 foi um ano muito bom, melhorei muito meus tempos depois de um período difícil. Ganhei a prata no Pan e fiz o índice olímpico"

Selecionado ao lado de Thiago Pereira, César Cielo e Kaio Márcio como os “tops” da natação e grandes esperanças de medalha olímpica, Nicholas Santos teve uma temporada excelente em 2007, mas já iniciou o ano com nova marca.

Com índice olímpico nos 50 m livre, Nicholas competiu no evento-teste do Parque Aquático de Pequim, o Cubo D´Água, e anotou o melhor tempo da carreira em sua segunda melhor prova, os 100 m livre, 49s98. A marca lhe valeu a medalha de prata, abaixo apenas do sueco Stefan Nystrand, que levou ouro. Nos 50 m, levou o bronze, com 22s50.

Para o supervisor da CBDA, Ricardo de Moura, o nadador está em grande fase. “Um dos principais componentes na evolução de Nicholas está na maturidade que ele vem atingindo nos últimos anos, especialmente em 2007”, argumenta o dirigente.

Esta evolução colocou o brasileiro nas semifinais dos Jogos Olímpicos de Pequim. Enquanto César Cielo liderou a prova e ficou com o ouro, Nicholas também teve um resultado expressivo. Na primeira fase, passou com o bom 11º tempo, nadando a prova e cravando 22s00. Na semifinal, não conseguiu repetir o tempo e, com 22s15, ficou na última colocação das duas séries, na 16ª posição. Com seus atuais 28 anos, o nadador pode voltar aos Jogos já como um veterano, em Londres-2012.

Na preparação para Pequim, Nicholas foi aos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, o primeiro de sua carreira, em que também nadou os 50 m livre. Nas eliminatórias da prova, marcou o recorde sul-americano. Na decisão, no entanto, sucumbiu ao compatriota César Cielo, e levou a medalha de prata com 22s18. O nadador também ajudou a equipe brasileira a conquistar o ouro no 4 x 100 m livre, desbancando os norte-americanos com novo recorde pan-americano, 3min15s90.

Em piscina curta, Nicholas também já tem resultados expressivos. Em 2004, integrou a equipe brasileira vice-campeã do Mundial de piscina curta de Indianápolis. De quebra, foi bronze nos 50 m livre e terminou na oitava colocação nos 100 m livre. No Mundial de Xangai, no ano passado, o quarteto brasileiro conseguiu um quinto lugar. Em provas individuais, Nicholas foi o sétimo nos 50 m livre.

Nicholas é filho de donos de escola de mergulho, mas começou a treinar com mais afinco apenas aos 18 anos. Especialista em provas de velocidade, cresceu à sombra dos ídolos Fernando Scherer e Gustavo Borges. Formado em fisioterapia, ele pretende atuar na área no futuro.