* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
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"O sexto lugar que consegui em Atenas é meu maior orgulho. Naquela final dos 100 m borboleta, nadei com Phelps e Ian Crocker"
Gabriel Mangabeira faz parte do grupo seleto de nadadores brasileiros que têm no currículo uma final olímpica. Em Atenas-2004, ‘Manga’ alcançou o feito nos 100 m borboleta. Em dois dias, nadou ao lado de estrelas como os norte-americanos Ian Crocker, atual campeão mundial, e Michael Phelps, dono de seis ouros naquela edição dos Jogos. Foi o sexto colocado, com direito a recorde sul-americano.
O desempenho não voltou a se repetir nos Jogos de Pequim. No Cubo d'Água, o carioca não conseguiu fazer sua segunda final olímpica. O brasileiro obteve o 23º tempo, com 52s28. "Fiquei fora da semi por pouco. Mas é assim mesmo. Agora é continuar de cabeça para cima", afirmou após a prova. O 100 m borboleta acabou marcado como a prova mais difícil entre as oito vencidas pelo fenômeno Michael Phelps.
No ano passado, durante os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, Mangabeira duelou com Kaio Márcio, atual número 1 do estilo no país, e conquistou a medalha de prata nos 100 m borboleta. O nadador também ajudou o quarteto do 4 x 100 m medley nas eliminatórias, ao conquistar a prata.
Atualmente, Mangabeira diz que está em melhor fase do que na época de Atenas. “Estou treinando na Alemanha e acho que está dando muito certo. Estou conseguindo os meus melhores tempos”, disse ele. O primeiro resultado desta preparação, antes de Pequim, foi no Aberto da Primavera, em Palma de Mallorca, Espanha, ele venceu as duas provas que disputou: 100 m borboleta e 100 m costas. E, aos 26 anos, ele já deve começar a se preparar para Londres-2012.
Essa não foi a primeira vez que ele vai para o exterior em busca de melhores desempenhos. Antes das Olimpíadas de Atenas ele usou a mesma fórmula. A campanha olímpica foi toda feita nos Estados Unidos, onde foi treinado por Anthony Nesty, do Suriname, que foi recordista mundial dos 100 m borboleta e o primeiro nadador negro a conquistar uma medalha de ouro, em Seul-1988.
Mangabeira começou a nadar aos dois anos de idade por iniciativa do avô, que era professor de natação. Flertou com o judô aos dez anos, mas abandonou a modalidade por causa da mãe. Seu primeiro clube foi o Canto do Rio, em Niterói. Aos 13 anos, transferiu-se para o Fluminense.
Três anos depois, passou para o Vasco, onde ficou até 2000. Mudou-se para os Estados Unidos em agosto, inicialmente morando na Califórnia. Depois de uma difícil fase de adaptação, conseguiu um lugar na Universidade da Flórida, onde encontrou Nesty e formou-se em administração. No Brasil, Mangabeira compete pelo Minas Tênis.