* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"Foi um prazer nadar aqui, em uma edição das Olimpíadas. A gente treina a vida toda, desde criancinha, e só pensa em nadar aqui"
Especialista em nado peito e reserva do 4 x 100 m medley, Henrique Barbosa foi eliminado logo nas eliminatórias da natação. Nos 100 m do estilo, ficou em 23º com 1min01s11, não conseguindo o objetivo de nadar a distância em menos de um minuto. Ele nadou a sétima bateria, junto ao compatriota Felipe Silva e ficou uma posição atrás, em sétimo.
Já nos 200 m da prova, ele foi apenas o sétimo em sua bateria e 30º no geral, com o tempo de 2min12s99, despedindo-se de Pequim. Na mesma prova, Thiago Pereira nadou apenas para experimentar o estilo, quebrou o recorde sul-americano, mas também não avançou.
O mineiro conquistou índice olímpico nos 100 m do estilo durante a preparação para o Pan do Rio de Janeiro. Na última seletiva, o Troféu Maria Lenk, em maio do ano passado, o nadador obteve 1min01s56, tempo um centésimo abaixo do índice exigido pela Fina.
No torneio continental, curiosamente, Barbosa conquistou a medalha de prata nos 200 m peito, mas não subiu ao pódio nos 100 m, por muito pouco. Na primeira disputa, anotou 2min13s85 e ficou atrás do multimedalhista Thiago Pereira, vencedor com 2min13s51, em dobradinha brasileira.
Já nos 100 m peito, Barbosa foi o quarto colocado na final, que foi dominada por estrangeiros. O brasileiro anotou 1min01s93, 1 décimo atrás do terceiro colocado, o canadense Mathieu Bois, que cravou 1min01s83. A segunda medalha de Henrique Barbosa no Pan veio no revezamento 4 x 100 m medley. Ele foi o segundo brasileiro a cair na piscina e contribuiu com a conquista da prata.
No Sul-Americano de natação, em fevereiro deste ano, Barbosa anotou 1min01s44 e melhorou a marca do torneio, que já lhe pertencia. Em sua preparação olímpica, o nadador participou do evento-teste realizado no Parque Aquático de Pequim, onde conheceu a piscina onde nadará na sua estréia nos Jogos.
Formado em Relações Internacionais em Berkeley, na Califórnia, Henrique Barbosa atualmente mora na Flórida, onde se dedica somente aos treinos e à natação. Nos EUA, divide uma casa com outros três nadadores como membro do "The Race Club", clube de corrida criado pelo bicampeão olímpico norte-americano Gary Hall Jr., que reúne velocistas.
Na última seletiva olímpica, o Troféu Maria Lenk, Barbosa protagonizou a disputa mais acirrada da competição, nos 100 m peito, e viu outros três nadadores conquistarem o índice para Pequim. Com o melhor tempo, no entanto, o nadador não foi ameaçado, e é hoje o principal nome do estilo no país. "Vim porque já imaginava que seria uma disputa difícil. Estava preparado mentalmente para entrar na água e fazer um bom tempo", diz Barbosa, que já tem metas para agosto. "Quero quebrar a barreira do 1 minuto. Isso pra mim vai ser espetacular. Se eu conseguir isso, com certeza entro na briga por uma medalha."
Na China, o pupilo do técnico Mike Bottom aceita o título de "azarão", e acredita que pode surpreender os favoritos. "O pessoal não está me vendo, não sou um dos favoritos, então tenho tudo pra melhorar. Eu me vejo com totais condições disso."
Aos oito anos, Henrique se dividia entre o vôlei e o judô, além das piscinas, e só passou a se dedicar somente ao nado aos 12 anos. Aos 15, conquistou seu primeiro pódio no Troféu Brasil. No Pinheiros desde 2007, o mineiro já passou por grandes times como o Minas e o Flamengo. Em 2003, integrou a equipe que foi ao Pan de Santo Domingo, mas não subiu ao pódio.