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Natação

EFE
Gabriella Silva chegou na sétima posição na final

Gabriella Silva

"Meu sonho é ser medalhista olímpica. Não vai ser nessa Olimpíada, mas quem sabe na outra. Eu gosto demais disso, amo nadar"

Data de nascimento
13/12/1988
Local de nascimento
Rio de Janeiro (RJ)
Residência
São Paulo (SP)
Peso e altura
56 kg / 1,66 m
Provas
100 m borboleta, 4 x 100 m medley
Participação em Pequim
7ª na final dos 100 m borboleta, 10ª na eliminatória do 4 x 100 m

Aos 19 anos, Gabriella Silva é um dos expoentes da nova geração da natação feminina e provou isso nos Jogos de Pequim. A novata foi a única nadadora nacional a passar para as semifinais dos 100 m borboleta e chegou à final com o oitavo melhor tempo. Com uma verdadeira vitória garantida e um novo recorde sul-americano (58s00), Gabriella ainda melhorou uma posição e terminou em sétima.

"Não dormi nada na noite anterior. Estava pilhada", contou a brasileira. "Não gostei do tempo, mas achei que nadei bem. Acertei todos os fundamentos." Além do bom desempenho na prova individual, ela disputou o revezamento 4 x 100 m medley, em que ao lado de Tatiane Sakemi, Fabíola Molina e Tatiana Lemos bateu o recorde sul-americano, com 4min02s61, ficando na 10ª posição. Agora, terá mais quatro anos para seguir evoluindo e, aos 23 anos, melhorar ainda mais em Londres-2012.

Ao lado das veteranas Flávia Delaroli e Fabíola, a carioca conseguiu o índice olímpico na última seletiva, o Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro. Nas eliminatórias do 100 m borboleta, Gabriella viu seu recorde sul-americano cair na série anterior à sua, com Daynara De Paula, que anotou 59s30, índice olímpico, contra seus 59s79. Em seguida, caiu na água para retomar o título com 58s90, e também assegurou seu lugar em Pequim.

Depois de vibrar muito com o tempo, a nadadora saiu da piscina e correu para a arquibancada, para abraçar os pais, que assistiam ao torneio. "Moro longe de casa e é uma emoção muito grande conquistar isso com meus pais aqui", disse Gabriella, que defende o Pinheiros.

"Já ficaria muito feliz em fazer o índice (59s35) e nem sei como fiz este tempo. Sem explicação. Estava muito nervosa, nem conseguia dormir à noite, de tanta ansiedade que estava quase chorando. Fiz um trabalho de relaxamento antes de cair na piscina, pra não ficar ainda mais ligada. Aí veio o tempo da Daynara, que só me impulsionou ainda mais", disse Gabriella, que já sente o peso da responsabilidade. "A natação feminina está crescendo e esses tempos são uma prova disso."

Para sua primeira Olimpíada, Gabriella pensou alto. "Nas eliminatórias, onde fiz meu melhor tempo, fiz diversos erros. Minha maior defasagem é nos fundamentos, como saída, que não foi nada boa, e chegada. Por isso, sei que ainda tenho muito para melhorar, para fazer muito melhor. Não sei o quanto ainda consigo baixar, mas espero chegar em Pequim com 58s baixo", diz a nadadora. "Finalista tem que nadar 57s, mas quem sabe dá pra ir à semifinal...". A previsão foi cumprida com a marca de 58s00.

Gabriella só passou a se dedicar inteiramente à natação depois de tentar outros esportes, como ginástica olímpica, judô e balé. Até chegar no Pinheiros, ela defendeu clubes do Rio, como Flamengo e Fluminense. Hoje, ela é treinada por Alberto Silva, o Albertinho, que também é técnico da seleção brasileira.

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