* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
Antes de Pequim: "É um sonho próximo e que não vou deixar escapar. Tenho treinado de 10 a 12 km, e 100 m não vai ser nada"
Quando o nadador Eduardo Deboni entrou para a escolinha do Clube Atlântico, em sua cidade natal, Erechim (RS), aos cinco anos de idade, foi questionado pelo treinador Clândio Custódio sobre quais eram seus sonhos. Na hora, não teve dúvidas em responder que seria participar de um Mundial, do Pan-Americano e das Olimpíadas.
Agora, aos 26 anos, o competidor acumula títulos nacionais, medalhas no Pan-Americano do Rio de Janeiro e já disputou diversas competições em nível mundial. Faltava apenas a conquista da vaga para a Olimpíada de Pequim. Conseguido isso, o brasileiro foi a Pequim como titular, mas acabou como reserva de Fernando Silva, após perder em uma tomada de tempo disputada entre os dois. O revezamento 4 x 100 m brasileiro terminou as eliminatórias na última posição, após Nicholas Santos queimar sua saída.
A boa participação nos Jogos Pan-Americanos 2007 já dava indícios de que sua ida a Pequim não estava distante. Na prova em que estava classificado (100m livre), Deboni ficou com a quarta posição, com o tempo de 49s95. O nadador também esteve nas duas equipes do revezamento que conquistaram medalhas: ouro no 4x100 m livre e prata no 4x100 m medley.
Também nos revezamentos, o gaúcho ajudou a classificar o Brasil para as Olimpíadas de Pequim-2008. A vaga veio no Mundial de Melbourne, em março de 2007, no revezamento 4 x 100 m livre, ainda nas eliminatórias. O time formado por Deboni, César Cielo, Nicolas Oliveira e Rodrigo Castro cravou 3min18s, ficando na sétima colocação para a final e garantindo a classificação.
A vaga estava garantida e faltava agora decidir os atletas que formariam a equipe brasileira nos 4 x 100 m livre. Cielo, Nicolas e Castro já tinham assegurado vaga, então a disputa pelo último lugar na equipe estava entre Eduardo Deboni e Fernando Silva.
Quando Eduardo Deboni foi ao Rio de Janeiro, disputar a vaga no Troféu Maria Lenk, possuía o terceiro melhor tempo do Brasil nos 100 m livre, com 49s57, o que até o momento garantia a ele uma vaga no revezamento olímpico. Para confirmar a classificação, precisava terminar a competição entre as quatro melhores marcas brasileiras.
A confirmação da classificação ocorreu durante a disputa do Troféu Maria Lenk, válida como última seletiva olímpica. O nadador foi apenas o oitavo na prova, mas apenas um atleta superou os 49s57 que ele estabeleceu na edição de 2007 da mesma competição, mantendo o gaúcho entre os quatro melhores do país e carimbando o passaporte para a China.