UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Natação

Washington Alves/COB
Daynara De Paula nadou os 100 m borboleta em 34º

Daynara De Paula

"Minha mãe tá pulando de alegria. Meu pai tá inchado de tanto chorar. Eles dizem pra todos que vou pra Olimpíada", antes dos Jogos

Data de nascimento
25/07/1989
Local de nascimento
Manaus (AM)
Residência
São Caetano do Sul (SP)
Peso e altura
52 kg / 1,63 m
Provas
100 m borboleta
Participação em Pequim
eliminatórias - 34ª

Uma das novatas da natação brasileira, a amazonense Daynara de Paula não conseguiu passar das eliminatórias dos 100 m borboleta nos Jogos Olímpicos de Pequim. No Cubo d'Água, ela marcou apenas o 34º tempo no geral das baterias - foi oitava na quarta série -, pouco acima da melhor marca de sua carreira, com 59s45. De quebra, viu o recorde sul-americano ser batido outra vez pela compatriota Gabriella Silva, que foi à final com 58s00.

A chegada de Daynara à China foi surpreendente e colocou a nadadora em evidência. Aos 18 anos, ela conquistou sua vaga olímpica na última seletiva brasileira, o Troféu Maria Lenk, no Rio de Janeiro. A nadadora obteve o feito nas eliminatórias dos 100 m borboleta, onde anotou 59s30 - tempo cinco centésimos abaixo da marca da Fina. De quebra, bateu o recorde continental de Gabriella Silva, 59s79 que datavam do Sul-Americano.

Incrédula pela conquista e muito emocionada, Daynara nem se importou em ver Gabriella Silva, principal nome do estilo, cair na água duas séries depois e recuperar o recorde sul-americano, com 58s90. "A Gabi é mais velha do que eu, é muito mais experiente e está nadando muito", disse Daynara, que ganhou o abraço da colega na final da prova. "Nem acredito que consegui esse índice. Não imaginava que ia conseguir."

A comemoração continuou na sua chegada de volta ao clube que defende, o São Caetano. "Todo mundo fez uma festa pra mim, foi muito lindo", disse ela, que fez um mural com as últimas 17 semanas que faltavam para a seletiva, com o tempo que esperava fazer e o índice olímpico como sua principal meta. "Quando nadava bem, eu colocava um 'Sim' no mural. Se ia mal e não rendia nos treinos, colocava um 'Não'. Tinha bem mais 'Sim'", lembra. Agora, ela fará um novo mural, com as semanas que faltam até Pequim. "Vou colocar um tempo que espero baixar, mas isso é segredo", adianta Daynara.

Daynara divide um apartamento com outras três colegas do São Caetano, Bárbara, Natália e Juliana, e sempre que pode visita os pais, que moram em Jacareí. Nascida em Manaus, ela foi para São Paulo ainda bebê, e cresceu no interior paulista. Desde os 11 anos, Daynara conta com o patrocínio do Arroz Fantástico, que permitiu que a atleta fizesse as primeiras viagens para competir.

Cursando o primeiro ano de faculdade de Educação Física, Daynara tem como ídolo a veterana Fabíola Molina, sua companheira na seleção. "Desde pequena, quando disputava o torneio 'Peixinhos e Golfinhos', via a Fabíola entregando os prêmios e dizia pra mim mesma que queria ser como ela", diz a nadadora. Depois da eliminação, a jovem brasileira terá muito tempo para uma segunda chance, em Londres-2012.

>