* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"Pode acontecer um certo vislumbramento, mas eu estarei focada naquilo que eu sempre fiz, que é nadar”.
Formada em Publicidade e Propaganda pela PUC-RS, Michelle Lenhardt considera que sua carreira começou há apenas quatro anos, quando se mudou para o estado de São Paulo para treinar. Com melhores salários, treinamentos específicos e muito apoio fora da água, a nadadora gaúcha adquiriu experiência e pôde desenvolver ainda mais sua técnica.
A mudança em 2004 foi dramática. Aos 24 anos ouviu de treinadores em Porto Alegre que estava velha demais para o esporte e que deveria se aposentar. A gaúcha não se fez de rogada, arrumou as malas e se mudou para Santos.
Hoje, com 28 anos, Mischa será a primeira mulher gaúcha a disputar uma prova de natação em Olimpíada e se emociona com o fato. “É muito bom poder fazer parte da história esportiva do seu estado, principalmente depois de tanta luta, de tantos esforços durante toda a na minha carreira”.
A nadadora se considera psicologicamente madura para disputar sua primeira olimpíada, já que se preparou a vida inteira para este momento. “O espírito olímpico estará presente, claro que pode acontecer um certo vislumbramento, mas eu estarei focada naquilo que eu sempre fiz, que é nadar”.
A nadadora foi cortada do Pan do Rio dias antes da competição, devido a um erro da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, que poderia inscrever até dois atletas que disputariam apenas revezamento, mas inscreveu três. Na época a nadadora diz ter chorado por 10 minutos e logo em seguida ter voltado aos treinamentos, já que o foco de sua carreira e de sua vida sempre foi disputar uma Olimpíada. Ela fará parte da equipe brasileira que vai disputar a prova de revezamento 4 x 100 m livre feminino.
O entrosamento das atletas é um dos pontos fortes desta prova. Depois de treinar dois anos em Santos, Michelle se transferiu para a capital paulista e atualmente treina no clube Pinheiros, juntamente com suas três parceiras de prova, Tatiana Lemos, Flávia Delaroli e Monique Ferreira. Ela acabou herdando o lugar de Rebeca Gusmão, suspensa por doping.
Em Pequim, Michelle Lenhardt ajudou o revezamento 4 x 100 livre a quebrar o recorde sul-americano da prova (3min42s85). Mas, mesmo assim, as brasileiras não obtiveram vaga para a final, ficando na 13ª colocação, somados os tempos das duas baterias disputadas.