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Natação

Sergio Morais/Reuters
Fabíola voltou aos Jogos na China e teve evolução

Fabíola Molina

"Natação é isso, diferença de décimo, de centésimo, mas estou feliz só de estar aqui e ainda mais de ter melhorado minha colocação"

Data de nascimento
22/05/1975
Local de nascimento
S. J. dos Campos (SP)
Residência
S. J. dos Campos (SP)
Peso e altura
65 kg / 1,77 m
Prova
100 m costas, 4 x 100 m medley
Participação em Pequim
Eliminatórias - 18ª no 100m costas e 10ª no 4 x 100 m

Aos 33 anos e em plena forma física, Fabíola Molina voltou à delegação brasileira em Pequim após ter ficado de fora das Olimpíadas de Atenas-2004, dissipando boatos de uma possível aposentadoria. Sua apresentação na sua principal especialidade, os 100 m foi breve, mais precisamente durando 1min01s00.

Sem conseguir se aproximar de suas melhores marcas, a brasileira largou na raia sete e teve como resultado geral o 18º posto. Fabíola teve motivos para comemorar, uma vez que superou em duas posições seu desempenho em Sydney-2000. Melhor ainda foi o revezamento 4 x 100 m medley, em que ao lado de Tatiane Sakemi, Gabriella Silva e Tatiana Lemos bateu o recorde sul-americano, com 4min02s61, com a 10ª posição.

Recordista sul-americana dos 100 m costas, Fabíola conquistou o índice olímpico da prova em março deste ano, depois de encerrar a temporada passada a cinco centésimos da marca exigida pela Fina no Troféu Open (1min01s70). Mas, no Sul-Americano, em São Paulo, Fabíola cravou 1min01s40, e se credenciou para sua segunda Olimpíada. Em 2000, a nadadora fez história como a única mulher em Sydney, mas foi eliminada nas eliminatórias da prova em que é especialista e dos 100 m borboleta.

“Sempre agradeço a Deus e a minha família. Cheguei morta, muito cansada, mas tinha que fazer esse índice. Não sobrou nada!", brincou a veterana nadadora, que ainda espera reduzir seu tempo. "A prova foi ótima, mas o tempo ainda pode melhorar. Minha virada não foi muito boa”, comentou.

No ano passado, Fabíola disputou os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro, depois de ter ficado de fora da competição em Santo Domingo-2003. A nadadora subiu duas vezes ao pódio: levou a medalha de prata nos 100 m costas, com novo recorde brasileiro, e ajudou o quarteto brasileiro a ficar com o terceiro lugar no 4 x 100 m medley. Este foi o quarto Pan de Fabíola, que competiu em Winnipeg-1999, quando foi bronze no revezamento 4x100 m medley, e em Mar Del Plata-1995, quando ficou em terceiro lugar nos 100 m costas. Em Cuba, estreou no torneio continental com apenas 16 anos.

Fabíola começou a nadar ainda criança, por influência dos pais. Aos 10 anos, passou a competir, já no nado costas, que sempre foi sua especialidade. Passou a integrar a seleção brasileira em 1990, para o Sul-Americano da Venezuela. Os Estados Unidos fizeram parte da formação da atleta, que se formou em Artes Cênicas na Universidade do Tennessee e também morou em Nova York e Coral Springs, onde treinou com Michael Lohberg. Antes do Pan do Rio, Fabíola passou por uma temporada de treinos na Europa, onde foi orientada pelo técnico italiano Andrea Di Nino.

Casada com o nadador Diogo Yabe, ela é dona de uma grife de biquínis e moda esportiva, da qual também é garota-propaganda. Com a vaga assegurada, Fabíola usou o Mundial de piscina curta de Manchester, na Inglaterra, como preparação olímpica.

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