* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"É uma realização imensa, ainda não acredito que estou em Pequim", festejou a velocista nascida na capital dos EUA
A menina Rosângela, de 17 anos, surpreendeu ao vencer os tradicionais 100 m na última edição do Troféu Brasil. Após a vitória, a atleta recebeu os parabéns da adversária Lucimar Moura, de 34 anos, que disse ter relembrado suas conquistas na competição ao ver a vibração da colega em sua primeira vitória. Evelyn dos Santos, que representa o Brasil nos Jogos disputando os 200 m rasos, chegou em terceiro.
Como a veterana Lucimar já tinha obtido o índice A (11s32), Rosângela tentou até o final obter a marca para a prova individual, mas fracassou. Porém a vitória no Troféu Brasil lhe garantiu o lugar no revezamento 4 x 100 m rasos. A melhor marca pessoal da atleta é 11s41, apenas 0s09 acima do melhor índice.
Seus tempos lhe renderam uma vaga de titular no revezamento 4 x 100 m rasos em Pequim e Rosângela não desperdiçou. Nas eliminatórias, o quarteto fez o terceiro melhor tempo de sua bateria, com a brasileira fechando. Na mesma posição, ela ajudou o Brasil a conquistar a quarta colocação, mas teve de sair da pista do Ninho de Pássaro numa cadeira de rodas, devido a uma lesão muscular na coxa. Mesmo assim, contribuiu para um bom resultado, já que a equipe ficou a apenas um décimo das terceiras colocadas e quase beliscou o bronze.
Recentemente no Campeonato Mundial Juvenil de Atletismo disputado na Polônia, em julho, apenas 11 centésimos de segundo separaram a brasileira do pódio na prova final dos 100 m. Rosângela terminou a prova em quarto lugar, com o tempo de 11s63. A competição é destinada a atletas com até 17 anos.
Nascida nos Estados Unidos, Rosângela se mudou para o Brasil com apenas um ano de idade e em 2008 defendeu o país pela primeira vez nos Jogos Olímpicos. Sua técnica a acompanha desde os nove anos de idade, quando descobriu a atleta jogando basquete no Centro Esportivo Miéssimo da Silva, no Rio.
Ao mesmo tempo que vive a felicidade de competir uma Olimpíada, a atleta é realista e não vê chance de medalha em Pequim. “Acho que o Brasil está fraco nesta modalidade (100 m ), pois sou uma atleta juvenil competindo numa categoria adulta.” Apesar da previsão, ela quase trouxe o resultado.