UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Atletismo

Gabriel Bouys/AFP
A barreirista almejava passar para as semifinais

Maíla Paula Machado

"Em Atenas fui para participar. Desta vez vou para competir e espero chegar à final da minha prova", antes de parar nas eliminatórias

Data de nascimento
22/01/1981
Local de nascimento
Limeira (SP)
Residência
Presidente Prudente(SP)
Peso e altura
65 kg / 1,67 m
Prova
100 m com barreiras
Participação em Pequim
eliminatórias - 33ª

Maíla Machado foi a Pequim decidida: não aceitaria sair da disputa dos 100 m com barreiras antes da semifinal. No entanto, a paulista não conseguiu atingir seu objetivo pela segunda vez. Em sua eliminatória, a barreirista largou mal e depois conseguiu manter um bom ritmo, mas foi insuficiente para se garantir na semifinal. Com o tempo de 13s05, ela foi sétima colocada e 33ª no geral.

Em Atenas-2004 ela disputou uma das provas mais recheadas de surpresas do atletismo na competição. A primeira foi a contusão da tricampeã olímpica, a norte-americana Gail Devers, que abandonou a quinta bateria com dores na panturrilha.

Na final da prova, a canadense Perdita Felicien, dona do melhor tempo da temporada, tropeçou numa barreira e tirou também a russa Irina Shevchenko da disputa. Sem concorrentes, a norte-americana Joanna Hayes quebrou o recorde olímpico com 12s37, marca que já durava 16 anos, da búlgara Yordanka Donkova.

Em Atenas, a brasileira não conseguiu igualar seu feito no Mundial de Paris-2003, quando foi semifinalista. Com o tempo de 13s35, ficou em penúltimo lugar em sua bateria. Eliminada, ficou na 27º posição na classificação geral da modalidade na competição.

A classificação para Pequim veio durante as provas do Troféu Brasil deste ano. Maíla foi a primeira colocada nos 100 m com barreiras com 13s02, tempo que lhe deu índice B olímpico e a chance de defender o Brasil novamente nas Olimpíadas. O pódio ainda contou com a colombiana Brigitte Merlano, com 13s27, seguida da brasileira Fabiana dos Santos Moraes, com 13s46.

A paulista de Limeira assumiu o posto de melhor barreirista do Brasil após a suspensão de dois anos aplicada a Maurren Maggi por doping, às vésperas do Pan-Americano de Santo Domingo-2003.

Maíla sempre gostou de esportes, mas inicialmente as atividades eram uma brincadeira. Enquanto criança, a “atleta-mirim” praticou basquete, balé, ginástica, e até natação por causa da bronquite. O prórpio atletismo foi um hobby, até a intesificação dos treinos pelo Sesi Limeira e a filiação ao BM&F/São Caetano, que ocasionou a vinda da barreirista para São Paulo, em 1999.