* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
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Morando no Japão há 16 anos, Suguimati se classificou em prova no Brasil. "Vim para cá para alcançar o índice. Estou muito feliz"
A famosa disciplina oriental trabalhou também a favor do Brasil em Pequim. Participando pela primeira vez em Jogos Olímpicos, o nipo-brasileiro Mahau Suguimati tentou converter o nervosismo da estréia em explosão muscular durante a prova dos 400 m com barreiras.
Sua estratégia foi certeira na primeira eliminatória da prova. Com 49s45, o terceiro melhor tempo da primeira bateria, ele avançou para as semifinais. No entanto, não manteve o mesmo desempenho para avançar à final. Na segunda série da semi, o brasileiro ficou na sétima posição, bem acima do seu tempo de classificação, terminando em 50s16. Com isso, ocupou a 15ª posição somadas as baterias, o que marcou seu adeus a Pequim.
Para chegar à China, no último dia do Troféu Brasil de Atletismo 2008, o atleta ganhou a medalha de ouro nos 400 m com barreiras e obteve o índice A olímpico, garantindo sua participação. O tempo de Suguimati na prova foi de 49s15, seu recorde pessoal ao ar livre, abaixo da marca do índice A (49s20). O bom desempenho rendeu ainda o título de melhor atleta masculino da competição.
Nascido em São Miguel do Araguaia, interior do estado de Goiás, o barreirista vive há 16 anos no Japão. “Vim para cá para alcançar o índice. Estou muito feliz", afirmou o atleta após a conquista no Troféu Brasil. Suguimati treina na cidade de Saitama, próxima da capital japonesa Tóquio.
Este ano o atleta já pôde experimentar a sensação de receber a medalha de ouro mais de uma vez. Além do Troféu Brasil, Suguimati venceu nos 400 metros com barreiras também o 13º Campeonato Ibero-Americano de Atletismo, realizado na cidade chilena de Iquique em junho. O barreirista completou a prova em 50s07.
Em 2007, o atleta já havia representado o Brasil nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Participando pela primeira vez dessa competição, Suguimati conseguiu chegar a final dos 400 m com barreiras. Com 49s63, ele ficou em sétimo. O recorde sul-americano na modalidade pertence ao panamenho Bayano Kamani (47s84).
Aos poucos Suguimati vai conciliando a vida entre Brasil, pátria que defende, e Japão, onde cuida de sua preparação. Desde os oito anos vivendo no Oriente, o barreirista ainda aprimora sua fluência em português, e freqüentemente experimenta o contraste entre o frio japonês e o calor tropical brasileiro durante as competições que disputa, como o Troféu Brasil.
Foi no Japão que o atleta descobriu sua vocação para as pistas, ainda na escola. Inicialmente um praticante de salto em altura, durante os oito primeiros anos no esporte, Suguimati resolveu apostar nos 400 metros com barreira há quatro anos.