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Handebol

Reuters
Pequim foi a segunda Olimpíada de Tupan

Tupan

"Não tem segredo. O difícil foi entrar, depois, tudo é conquistado à base de trabalho", sobre a experiência adquirida no handebol alemão

Data de nascimento
07/06/1979
Local de nascimento
Maringá (PR)
Residência
Wilhelmshaven (ALE)
Peso e altura
84 kg / 1,85 m
Posição
Ponta direita
Participação em Pequim
11º lugar

Renato Tupan, um dos melhores do mundo em sua posição, fez muito pelo Brasil em Pequim e ajudou a equipe a ficar com a 11ª colocação. A equipe ficou a um gol de vencer a Espanha e chegar às quartas-de-final, mas perdeu por 36 x 35.

A exemplo de Bruno Souza, Tupan é mais um brasileiro que conseguiu seu espaço no handebol internacional, jogando na Alemanha. Assim como o compatriota, que não chegou a um time de ponta, há dez anos, o atleta subiu degrau por degrau, até chegar à Primeira Divisão Alemã.

O começo no handebol foi ainda no colégio, em sua cidade natal, aos nove anos. Um ano depois, chegou a trocar os gols da modalidade pelo vôlei. "A maioria dos meus amigos eu conheci através do esporte. Na escola, fazia de tudo: atletismo, basquete, vôlei, natação, tênis, tênis de mesa, judô e caratê", lembra Tupan, que aos 13 retornou ao handebol.

Depois de se destacar no Clube Olímpico Maringá, o ponta direita recebeu convite para se transferir para o Pinheiros, de São Paulo. Integrante da seleção adulta desde 1998, quando ainda era júnior, ele fez parte da equipe que conquistou o ouro no Pan de Santo Domingo-2003. Também participou dos Mundiais de 1999, 2001 - depois do qual operou o joelho e ficou um ano parado - e 2003.

Além do Pan, 2003 foi o principal ano na carreira de Tupan, marcando sua transferência para a Alemanha. Eleito melhor jogador da sua posição na Liga Nacional, Tupan foi ao país para treinar com equipes locais, por intermédio de Bruno Souza. A experiência deu certo e ele foi contratado por um modesto time da Terceira Divisão, o Langenal.

Ainda assim, não era o ideal. “As coisas não foram do jeito que eu queria. Quando cheguei, quase consegui um contrato com um time de Primeira Divisão”, contou o ponta. Ele passou um ano na “Terceirona” antes de subir à divisão de acesso, jogando pelo HSG Niestetal e pelo Hannover.

Neste meio tempo, foi às Olimpíadas de Atenas, em 2004, com grande atuação. Titular, fez 14 gols na competição, sendo um dos principais responsáveis pela melhor participação brasileira na história, com o décimo lugar.

Como a demanda de jogadores é alta na Alemanha, assim como a qualidade dos que chegam ao campeonato do país, Tupan seguiu batalhando. “Não tem segredo. O difícil foi entrar, depois, tudo é conquistado à base de trabalho”, define ele, que fez sua parte. Em 2006, conseguiu um contrato de um ano com o Wilhelmshavener, da Primeira Divisão, time que defende até hoje.