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Handebol

AP
Pequim foi a primeira Olimpíada de Silvinho

Silvinho

"No começo, quando resolvi ser profissional,
foi complicado. Minha família queria que estudasse, porque era época de vestibular"

Data de nascimento
19/04/1981
Local de nascimento
Atibaia (SP)
Residência
São Caetano do Sul (SP)
Peso e altura
77 kg / 1,70 m
Posição
Ponta direita
Participação em Pequim
11º lugar

Silvio Laureano tem um histórico de “atrasos” até chegar à sua primeira edição dos Jogos Olímpicos, em Pequim. Ponta direita, Silvinho começou no esporte aos 17 anos, uma idade considerada tardia para a prática da modalidade. Sempre gostou de esportes, mas demorou a encontrar um que se identificasse.

Foi no colégio, em Atibaia (SP), que o jogador começou no handebol, mas não tinha ainda pretensões de continuar na carreira de atleta, até passar a disputar competições nos times da cidade. No entanto, o seu início profissional aconteceu em 2002, em Americana, também no interior de São Paulo.

"No começo, quando resolvi ser profissional, foi um pouco complicado. Minha família queria que estudasse, ainda mais porque era época de vestibular", comenta o jogador que para poder continuar no esporte trancou a matrícula no ultimo ano da faculdade de turismo.

Depois de jogar em Americana, ele passou uma temporada jogando no São Caetano, time em que foi reconhecido como uma promessa brasileira e depois passou ao Londrina. Atualmente, ele voltou a ser ponta direita do São Caetano e mostra que a altura - apenas 1,70 m - não compromete o desempenho.

Tardia também foi a primeira convocação de Silvinho para a seleção brasileira. Aos 26 anos, ele foi chamado pelo técnico espanhol Jordi Ribera para representar o Brasil em casa, no Pan do Rio. A convocação foi uma surpresa para todos, inclusive para o jogador. O Pan-Americano foi a primeira competição internacional do jogador , que disputou sua vaga com um dos seus ídolos, Fábio Vanini, ponta do Pinheiros.

Silvinho não entrou na final do Pan do Rio de Janeiro, na partida contra a Argentina, mas participou de uma cena lamentável. Ele foi agredido por um argentino na confusão que marcou o fim da decisão. Mesmo com o rosto sangrando, o paulista pôde vibrar com o ouro conquistado, que garantiu a vaga para os Jogos de Pequim.

A participação da equipe brasileira neste Jogos foi inferior a Atenas, quando o Brasil ficou com o décimo lugar. A derrota para a Espanha por 36 x 35 deixou a equipe fora das semifinais, com a 11ª colocação.