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Handebol

Kevin Frayer/AP
Alê teve de superar lesão às vésperas dos Jogos

Alê

Lesionado, Alê participou como titular de poucas partidas em Pequim, como a derrota para a atual campeã Croácia, por 33 x 14

Data de nascimento
19/12/1978
Local de nascimento
Maringá (PR)
Residência
São Bernardo (SP)
Peso e altura
99 kg / 1,94 m
Posição
Goleiro
Participação em Pequim
11º lugar

As dificuldades e lesões sempre foram constantes na carreira do goleiro Alexandre Morelli, na tentativa de seguir o sonho de jogar handebol. Desde a infância até a preparação para os Jogos Olímpicos de Pequim, Alê precisou lutar muito para conseguir sua vaga de titular na seleção brasileira, atualmente comandada pelo espanhol Jordi Ribera. Mas teve sucesso. Ele venceu barreiras e atuou pela seleção brasileira nos Jogos. A equipe ficou em 11º lugar na classificação geral.

Na fase de preparação para viajar à China, o goleiro titular da equipe – juntamente com Maik -, sofreu mais um susto. Uma ruptura muscular na panturrilha direita durante o Pan-Americano de seleções o tirou dos treinos e só um tratamento inovador conseguiu recuperá-lo a tempo de viajar para a China. No procedimento usado, foi retirado sangue do jogador e, nesta amostra, as células que estimulam a cicatrização foram concentradas. Assim, o tratamento que duraria de quatro a seis semanas levou apenas 15 dias e Alê recuperou seu posto.

“Foi um susto, passou muita coisa pela minha cabeça. A sorte é que parei na hora e evitei que a ruptura fosse maior”. A imagem é a mesma de outros momentos. No Mundial de handebol, em 2007, ele sofreu uma lesão do mesmo tipo. Posteriormente no mesmo ano, teve de tratar de uma contusão no ombro antes do Pan-Americano do Rio de Janeiro. Recuperado a tempo, foi ao seu terceiro Pan e conquistou o bicampeonato, além da vaga para a sua segunda edição dos Jogos.

Hoje na Metodista, uma das equipes brasileiras mais tradicionais da modalidade, o paranaense de Maringá teve de dar a volta por cima para descobrir o seu talento debaixo das traves. A lembrança mais forte que o esporte deixou em sua infância foi não ter dinheiro para pegar o ônibus para treinar. Alê começou no handebol em 1989, seguindo os passos da irmã. Escolheu jogar no gol pela facilidade de se posicionar e a coragem de pular nas bolas mais difíceis.

Ausente em Sydney, por contusão, mas destaque em Atenas, fechando o gol brasileiro, Alê é um dos mais experientes do grupo e divide sua posição com Maik, que costuma ser seu rival, jogando pelo Pinheiros.