Bruno Santana

"Ia participar de qualquer jeito, mesmo com o quadril recém operado", sobre o Mundial Júnior de 2003, principal torneio que o revelou

Armador central nascido em Olinda (PE), Bruno Santana chegou a Pequim com um status bem diferente do que vivenciou em Atenas-2004. Na ocasião, quando o Brasil conquistou a histórica primeira vitória em uma fase preliminar dos Jogos, o jogador era o mais jovem da delegação comandada por Alberto Rigolo, com 22 anos.

Desta vez, a equipe sofreu renovação na parte técnica, com a vinda do treinador espanhol Jordi Ribera, e também entre os jogadores. Entre os 14 convocados, oito haviam estado na Grécia e, assim, Bruno se transformou numa das peças mais importantes no time, pela sua experiência. A equipe teve apenas uma vitória na fase preliminar, contr a aChina, e acabou saindo antes de disputar as quartas por um placar apertado, mas vitorioso para a Espanha, 36 x 35.

Destaque do Brasil no Mundial Júnior de 2003, o armador não teve muito tempo de quadra na Grécia para fazer o mesmo. Mesmo assim, terminou o campeonato com seis gols. No Mundial Júnior, disputado em Foz do Iguaçu (PR), foi o capitão do time e ganhou o título de melhor jogador na sua posição.

A seleção terminou em oitavo lugar e seu desempenho foi tão bom que os olheiros de times europeus já começaram a assediar o atleta. Segundo contou Bruno Souza, estrela da seleção brasileira e eleito terceiro melhor do mundo em 2003, vários dirigentes de times alemães correram para perguntar quem era seu "xará".

No entanto, a competição também traz uma lembrança mais difícil. Bruno teve de passar por uma delicada cirurgia no quadril, mas se recuperou a tempo de competir. "Coloquei na cabeça que iria participar de qualquer jeito, mesmo com o quadril recém operado. Treinei muito, fiz fisioterapia e a um mês da competição já treinava com a equipe", relembra.

O pernambucano chegou a São Paulo após os Jogos da Juventude de 1999. Defendendo seu estado, foi observado por Sérgio Hortelan e convidado a jogar no Pinheiros. Ele ficou no time até 2004 e, depois de uma passagem pelo rival São Caetano, voltou ao Pinheiros no ano passado.

Em 2007, Bruno conquistou seu maior título. Com a seleção, foi ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro, quando o Brasil ficou com o bicampeonato, derrotando mais uma vez a Argentina.