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Handebol

EFE
Alessandra, que joga na Espanha, marcou 16 gols

Alessandra

"O mais difícil em ir para a Espanha foi a saudade, principalmente quando meu pai faleceu. Tenho uma tatuagem em homenagem"

Data de nascimento
07/10/1981
Local de nascimento
Rio de Janeiro (RJ)
Residência
Estella (ESP)
Peso e altura
80 kg / 1,85 m
Posição
Pivô
Participação em Pequim
9º lugar

Aos 26 anos, Alessandra foi uma das estreantes nos Jogos Olímpicos de Pequim, ao lado de Ana Paula. Elas foram as duas únicas da delegação a não terem experiência nem nas Olimpíadas nem em Jogos Pan-Americanos, competição na qual o Brasil possui o tricampeonato.

Mesmo com esta falta de bagagem em eventos grandes com a equipe, Alessandra desempenhou um papel importante no time, que não conseguiu continuar sua gradual evolução e foi apenas nono em Pequim. A pivô foi responsável por 16 gols durante a competição, tendo um desempenho regular do início ao fim e participando de bons momentos, como a vitória sobre a Coréia do Sul, que defendia o título olímpico.

A carioca teve uma leve influência de sua irmã mais velha para jogar handebol. Ela se inscreveu para uma aula e levou a caçula, de 14 anos, junto. No entanto, a partir da segunda aula, apenas Alessandra compareceu e seguiu crescendo na carreira de esportista. Com um ano e meio no clube, o primeiro convite surgiu e a jogadora partiu para o Rio Grande do Sul.

Foram dois anos jogando em Novo Hamburgo antes da transferência para o Guarulhos, começando a jogar no handebol paulista em 1998. Alessandra passou pelo Santo André e pela Metodista antes de seguir o rumo que se tornou natural com as brasileiras, indo para o handebol europeu. Ela defende o Itxako, de Pamplona, na Espanha, desde 2006, e já negocia sua terceira temporada no clube.

Sua ida foi devido à indicação de uma ex-companheira de time, Aline Chicória. “O time precisava de uma pivô e ela veio me perguntar se eu tinha interesse de ir. Eu disse que sim e comecei no Elche, antes de jogar pelo Itxako”, explica ela, que interessou ao técnico principalmente pela força, com seus 1,85 m de altura.

“Meu primeiro ano foi difícil, por não falar castelhano. O bom é que morei com duas espanholas maravilhosas, que são amigas minha até hoje e me ajudaram muito. Agora, para sair da Espanha é muito difícil, porque gostei muito e já me acostumei às pessoas e ao clima”, comenta Alessandra.

As maiores dificuldades da pivô são em relação à distância da família, principalmente quando seu pai faleceu e ela teve de continuar cumprindo os compromissos em equipe. Como homenagem, ela tatuou em seu antebraço o nome do pai.