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Handebol

Sergio Moraes/Reuters
O pivô gaúcho Menta é conhecido pela sua força

Menta

Apesar do bicampeonato em Santo Domingo e no Rio, Menta lembra da prata de Winnipeg como “a derrota mais difícil de esquecer”

Data de nascimento
18/12/1974
Local de nascimento
Canoas (RS)
Residência
São Caetano do Sul (SP)
Peso e altura
96 kg / 1,88 m
Posição
Pivô
Participação em Pequim
11º lugar

O 11º lugar alcançado pela equipe masculina em Pequim mostra que, apesar de serem bicampeões panamericanos, os garotos do Brasil ainda precisam trabalhar muito para fazer frente aos europeus nas Olimpíadas.

Apesar dos 33 anos de idade e ter feito sua estréia na seleção masculina de handebol há 13, Carlos Luciano Ertel, mais conhecido como Menta, está no grupo dos jogadores que não defenderam o Brasil em Atenas. Mas ele não chegou em Pequim como estreante olímpico. Na verdade, Menta esteve presente em Atlanta-1996, e voltou a competir nos Jogos após 12 anos.

O pivô foi introduzido ao handebol ainda pequeno. Aos 12 anos, passou a se dedicar à modalidade na escola, uma influência da sua irmã, que também praticava. O primeiro clube defendido pelo gaúcho foi o da sua cidade natal, Canoas, no infantil. No começo dos anos 90, mudou-se para Novo Hamburgo, time no qual foi campeão estadual no juvenil.

Apesar de se destacar em quadra, o gaúcho teve muitas dificuldades. Passou fome e chegou a dormir debaixo de arquibancadas. Já como adulto, Menta foi jogar no Itajaí, de Santa Catarina, e começou a se destacar. O pivô começou a se destacar, a ponto de atrair a atenção na seleção. Sua primeira convocação foi em 1995, quando disputou o Mundial Júnior, realizado em Mendoza, na Argentina, e ser convocado para os Jogos de Atlanta, um sonho realizado para o jogador.

Depois disso, foi a vez da tradicional Metodista notar a qualidade do gaúcho, que se transferiu para São Paulo em 1997. Ele ainda defendeu o Vasco antes de se estabilizar no São Caetano em 2002, equipe a qual defende até hoje.

Apesar da larga experiência com a seleção, Menta tem como uma das piores lembranças ter sido o último cortado quando foi definida a delegação que representaria o Brasil no Pan de Santo Domingo. Quatro anos antes, esteve presente na derrota brasileira na decisão do Pan de Winnipeg-1999, quando o Brasil ficou com a prata por perder para Cuba nos pênaltis. Classificou o resultado como “a derrota mais difícil de esquecer”.

A recompensa foi em 2007, em casa. Conhecido pela força – possui 1,88 m e 96kg –, o pivô foi um dos principais jogadores do Brasil na conquista do Pan-Americano do Rio de Janeiro. Com a torcida a favor, ajudou no bicampeonato, sempre com um papel grande de liderança no time.