Jardel

Aos 30 anos, o gaúcho Jardel chegou a Pequim como um dos jogadores mais experientes da seleção masculina

As medidas do gaúcho Jardel Pizzinatto impressionam: 1,92 m e 102 kg. Tanto é que antes de praticar o handebol, o jogador nascido na cidade de Sarandi se aventurou em outro esporte que usa prioritariamente as mãos e muita força: o rúgbi.

No entanto, a paixão pelo handebol acabou prevalecendo, assim como a pela Administração, profissão no qual Jardel é formado. Aos 30 anos, o jogador participou das Olimpíadas de Pequim como um dos jogadores mais experientes da seleção masculina, comandada pelo técnico espanhol Jordi Ribera. A equipe terminou na 11ª colocação, uma posição abaixo daquela conquistada em Atenas.

O pivô era um dos cotados para estar na delegação que foi décima colocada nas Olimpíadas de Atenas e conseguiu sua primeira vitória em fase preliminar, em 2004. No entanto, uma grave infecção renal o tirou da lista de convocados.

O problema de saúde causou tanto impacto, que Jardel chegou a ficar afastado dos treinos e das competições por cerca de seis meses, e até cogitou abandonar o esporte. Antes disso, Jardel esteve na conquista dos Jogos Pan-Americanos de Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003. O Brasil venceu a decisão contra a Argentina, na ocasião, resultado que garantiu a presença em Atenas.

De volta às quadras, Jardel mostrou não ter perdido a qualidade. Ele foi campeão no Pan-Americano de seleções, em Aracaju (SE), em 2006. No início de 2007, foi com a seleção à Alemanha para a disputa do Mundial e na mesma temporada conquistou o bicampeonato no Pan.

Sempre presente nas convocações de Jordi Ribera, Jardel também fez parte da equipe que conquistou o Torneio do Egito, em maio, no primeiro torneio internacional de porte vencido pelo Brasil. Os bons desempenhos valeram a convocação entre os 14 que estiveram em Pequim.

Fora das quadras, quando tem um tempo livre entre os treinos e competições, o jogador tem como principal hobby construir caminhões de madeira.