Os Jogos da Cidade do México foram os primeiros da história a contar com o controle antidoping. O primeiro caso flagrado foi o do sueco Hans-Gunnar Liljenvall, por uso de álcool. A equipe da Suécia, terceira na prova do pentatlo, foi desclassificada. A ingestão de bebida alcoólica entre os atletas do pentatlo é comum para acalmar antes das provas de tiro. Liljenvall, porém, tinha uma concentração da substância muito superior ao limite aceitável. Ao falar sobre a bebedeira, porém, ele disse que só havia bebido duas cervejinhas.
Além do recorde mundial de Bob Beamon no salto em distância, outra marca que durou por anos foram os 9s95 de James Hines (EUA) nos 100 m rasos, na primeira final exclusivamente negra da história. O recorde só foi quebrado 15 anos mais tarde, por Calvin Smith (EUA).
Especialistas atribuem a chuva de recordes (68 mundiais e 301 olímpicos) a erros dos juizes na leitura da velocidade do vento. O argumento é a velocidade de exatamente dois metros por segundo - limite para homologação de uma marca - no salto de Robert Beamon.
Apontada como causadora de recordes, a altitude foi vilã na longa distância. O ouro dos 5.000m veio com tempo inferior ao vencedor de 1952. Nos 10 mil, o tempo foi o pior dos últimos 20 anos. Recordista mundial, Ronald Clarke (AUS) desmaiou ao cruzar a linha.
Nos primeiros Jogos Olímpicos da América Latina, foi feita uma homenagem ao descobrimento da América. Até o México, a tocha seguiu a rota feita pelas caravelas de Cristóvão Colombo.
Ion Drimba, medalha de ouro na esgrima, no florete, fugiu do comunismo e veio para o Brasil. Vive no país há quase 20 anos e já trabalhou com a seleção masculina. Hoje, mora no sul de Minas Gerais.
No salto em altura, Richard Fosbury (EUA) foi ouro com uma nova técnica, o estilo Flop, em que salta de costas e passa a cabeça antes das pernas. O novo estilo passou a ser usado por todos os saltadores.
A medalha de prata de ciclismo na prova contra relógio foi conquistada pela Suécia. O curioso é que o time escandinavo era composto por quatro irmãos: Erik, Gosta, Sture e Thomas Pettersson.
O México obteve o pior rendimento de um país anfitrião em Olimpíadas. Conquistou apenas nove medalhas (três ouros, três pratas e três bronzes), ficando em 15º lugar. O segundo pior anfitrião foi da Inglaterra, em 1948, com a 12ª posição.
Nas provas da natação, a protagonista foi uma infecção estomacal que derrubou grande parte dos nadadores, entre eles Mark Spitz (EUA), que, mesmo doente, foi ouro nos 4x 100 e 4x200 livre, prata nos 100m borboleta e bronze nos 100m livre.