UOL Olimpíadas 2008 Histórico das Olimpíadas
 

O pior recorde

A edição de Montréal ficou marcada por um recorde não muito prestigioso: o pior tempo da história olímpica. O dono da marca foi o haitiano Olmeus Charles, que completou os 10.000 metros do atletismo em 42 minutos. Todo o programa de competições do estádio olímpico precisou ser atrasado, enquanto Charles corria sozinho na pista até completar a distância. No Canadá, a delegação do Haiti ficou na lanterninha em todas as provas, porque não era formada por esportistas, apenas amigos do ditador Baby Doc Duvalier, que viajaram a passeio ao país.

Sangue novo

O finlandês Lasse Viren apelou para vencer provas dos 5.000 m e 10.000 m: potencializou seu sangue. O método consistia em extrair uma boa quantidade de sangue e congelá-lo. Antes de competir, ele descongelava e o injetava novamente no corpo.

Genes esportivos

O francês Guy Drut pôs fim à hegemonia dos EUA nos 110 m com barreiras, que vinha de 1928. O norte-americano mais bem colocado levou o bronze: Willie Davenport, pai de Lindsay, que viria a ser a número 1 do mundo no tênis feminino.

Fiasco real

No hipismo, a disputa ganhou brilho e apelo de mídia com a presença da princesa Anne, filha da rainha Elizabeth II. Anne teve o pior desempenho entre os integrantes da equipe da Grã-Bretaha, que terminou em um modesto sétimo lugar.

Você sabia?
  • O torneio olímpico de boxe contou com a presença de alguns pugilistas que se tornariam famosos entre os profissionais, como os irmãos Michael e Leon Spinks e Ray Leonard, futuramente nomeado "Sugar Ray".

  • Estudante de física e engenharia, Edwin Moses (EUA) venceu os 400 m com barreiras com recorde mundial. Um detalhe: na Universidade de Atlanta, onde estudava, não havia uma pista de atletismo.

  • Após o término dos Jogos, os organizadores de Montréal anunciaram um déficit de US$ 223 milhões, que deixou a cidade endividada até o ano 2000. Somente 15 anos depois, as autoridades canadenses reconheceriam que o saldo do evento foi positivo.

  • O vôlei exibiu alguns atletas que levariam prata oito anos mais tarde, em Los Angeles. William, Bernard, Fernandão e Suíço fizeram parte da equipe que ficou em sétimo. Em quadra, também estavam Bebeto de Freitas e José Roberto Guimarães, futuros técnicos.

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