* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"Fui numa farmácia e eles tinham um chá verde para celulite que disseram ser natural", sobre a substância que a tirou do Pan
Jaqueline foi uma das atletas que teve mais motivos para comemorar a volta por cima da seleção campeã em Pequim. A atleta esteve de fora de Atenas-2004, por lesão, e do Pan do Rio de Janeiro, por doping. No entanto, desta vez a história foi diferente e Jaqueline pode ser coroada com a medalha, após a vitória de 3 sets a 1 sobre os Estados Unidos.
Uma das musas da seleção brasileira, Jaqueline viveu seu momento mais difícil quando foi cortada dos Jogos Pan-Americanos na véspera da cerimônia de abertura da competição. No mesmo dia em que o time viajou para o Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico da Itália divulgou o resultado positivo em um exame antidoping da atleta, feito no dia 10 de junho, durante as finais do campeonato nacional.
A brasileira fez sua primeira temporada na Europa defendendo o Jesi, que disputou o título do Campeonato Italiano, mas acabou perdendo para o Perugia por 3 a 0, na série melhor-de-cinco jogos. Ela foi submetida ao controle antidoping na segunda partida da série, e o teste apontou a presença do estimulante sibutramina, normalmente encontrado em produtos que auxiliam o emagrecimento. Ainda assim, a pernambucana mostrou ter dado a volta por cima e fez a sua estréia em Olimpíadas, em Pequim.
Única nordestina no elenco, Jaqueline começou a carreira na EPOM, escola da rede estadual de Pernambuco. O bom desempenho fez com que logo fosse chamada para integrar a seleção pernambucana infanto-juvenil. Em pouco tempo já estava na seleção brasileira de base, com a qual disputou os campeonatos Sul-Americano e Mundial. A presença na equipe do Brasil a fez receber um convite para jogar no Osasco. Em 2001 a ponta foi convocada para defender o Brasil no Mundial juvenil. E ela conquistou o campeonato e o título de melhor jogadora do mundo na categoria.
Passando por um período de forte evolução, ganhou a primeira chance na seleção adulta, na época comanda por Marco Aurélio Motta. Mas em 2002, uma obstrução nas veias da mão direita a tiraram da quadra por três meses. O retorno aos jogos não saiu como esperado. Apenas duas semanas após voltar a atuar, Jaqueline rompeu os ligamentos do joelho e ficou mais seis meses no estaleiro.
O drama prosseguiu no ano seguinte. Ainda antes de voltar às quadras, nos treinamentos, a atleta sofreu uma nova ruptura nos ligamentos. O resultado: mais um ano sem poder jogar. O retorno aconteceu no começo de 2004, na Superliga. Mas o tempo passado no departamento médico deixou Jaqueline longe da equipe que defendeu o Brasil nos Jogos Olímpicos de Atenas, na Grécia.
Recuperada, a atleta trocou o Osasco pelo Rexona, para poder trabalhar com a levantadora Fernanda Venturini e o técnico Bernardinho. Pela nova equipe, foi campeã da Superliga 2005/2006 e teve uma nova chance na seleção. Após o título, ela recebeu o convite para substituir a russa Sokolova no Jesi, da Itália. Assim, deixou o Brasil para tentar a sorte na Europa. Sokolova entrou na vida de Jaqueline também em um outro momento. A russa foi a principal responsável pela vitória sobre o Brasil na final do Campeonato Mundial, realizado no Japão.
Jaqueline jogou no Murcia, campeão da Copa da Rainha e da Supercopa, mas acertou sua transferência para voltar à Itália na próxima temporada. Atuando pelo Pesaro, ela será treinada por Zé Roberto, que volta a comandar a equipe à beira da quadra, após um período como supervisor.