* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
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"Toda contusão traz um pouco de medo. Não foi algo de risco, mas senti uma pancada muito forte, passou muita coisa pela cabeça"
Hélia Souza, mais conhecida como Fofão, chegou às Olimpíadas como a jogadora mais experiente da seleção brasileira em Pequim. Como levantadora titular da equipe, ela fez a sua despedida da equipe em grande estilo, com o inédito ouro olímpico conquistado sobre os Estados Unidos.
Antes de virar uma jogadora de vôlei, Fofão tentou a sorte no basquete, mas sem o mesmo sucesso. A atleta começou a carreira como atacante, mas em um treino do São Caetano precisou substituir a levantadora da equipe. Desde então, nunca mais trocou de posição. Já na época, passou a receber aulas de Zé Roberto. Foi ele quem lhe deu o apelido de Fofão, uma alusão ao personagem bochechudo da televisão que fez sucesso na década de 80.
No Brasil, Fofão atuou nas principais equipes: São Caetano, Minas, Osasco e Rexona. Em 2004, mudou-se para a Europa para defender o Despar Perugia, da Itália, país onde ficou até este ano.
Na seleção, a estréia da levantadora foi justamente em 1991, no ano do Pan de Havana. Fofão, entretanto, passou boa parte deste início de trajetória com as cores do Brasil na reserva de Fernanda Venturini. Foi assim que ela ganhou a medalha em Havana, a prata no Mundial de 1994, o bronze na Olimpíada de Atenas-1996.
Mas quando foi chamada para substituir Fernanda, que deixou as quadras em 1998, Fofão correspondeu à altura. No Grand Prix de 1998, Fofão conquistou o título com a seleção e também individual. Como titular, ela foi uma das principais responsáveis pelo bronze na Olimpíada de Sydney-2000, mesmo disputando praticamente toda a competição com um problema no tendão de Aquiles. Com a volta de Fernanda Venturini à seleção em 2003, Fofão retornou para a reserva. Do banco, viu o time ganhar o Grand Prix de 2004 e fracassar na Olimpíada de Atenas, que marcou definitivamente a saída de sua antecessora.
Depois de um ano de descanso, Fofão retornou à seleção. Agora titular incontestável, ganhou as edições de 2006 e de 2008 do Grand Prix e foi capitã da equipe no Mundial do Japão. Mesmo com uma lesão na panturrilha direita, ajudou a seleção a conquistar a medalha de bronze.
Na preparação para as Olimpíadas de Pequim, a paulistana tomou um susto. Durante um amistoso, sofreu uma forte pancada no joelho, mas teve tempo para se recuperar e compor a delegação. “Acredito que toda contusão traz um pouco de medo. Não foi algo de risco, mas no momento senti uma pancada muito forte, então passou muita coisa pela minha cabeça", contou. Aos 38 anos, os Jogos na China serão os últimos da jogadora, que, independente do resultado, provou sua importância. Agora, ela volta a atuar no Brasil, pelo São Caetano.