UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Vôlei

FIVB/Divulgação
Ouro foi presente de aniversário para Mari

Mari

"Está aqui [na medalha de ouro] a prova do nosso trabalho. Para quem criticou, silêncio total agora, porque a gente é campeã olímpica"

Data de nascimento
23/08/1983
Local de nascimento
São Paulo (SP)
Residência
São Caetano (SP)
Peso e altura
71 kg / 1,90 m
Posição
Ponteira
Participação em Pequim
Campeã

Mari é uma das maiores revelações brasileiras dos últimos anos. No Grand Prix 2004, fez sua estréia oficial com a camisa amarela e foi o destaque do time, arrebatando a confiança da veterana levantadora Fernanda Venturini. Ganhou fama repentina pela eficiência no ataque e, sempre séria, pela "frieza" em quadra. No Pan-Americano do Rio de Janeiro, no entanto, foi apenas coadjuvante na frustrante campanha da medalha de prata - na final, a equipe sofreu derrota para a rival Cuba.

Na Olimpíada de Atenas, Mari também não obteve o mesmo sucesso. Apesar de ter sido a maior pontuadora da seleção, Mari acabou marcada como uma das que não conseguiram colocar no chão as bolas decisivas na semifinal, contra a Rússia, quando a seleção perdeu de virada e foi eliminada. Na disputa do bronze, abalada, Mari foi substituída logo no primeiro set, e assistiu do banco sua equipe perder a medalha para Cuba. Até hoje, a jogadora é apontada como uma das "culpadas" pela derrota.

A redenção, porém, veio em Pequim-2008. Em nova posição, depois de ter deixado de ser oposta para virar ponteira passadora, a atacante voltou a se destacar como uma das principais pontuadoras do time. Ainda teve uma das melhores recepções do torneio e, mais importante, ajudou o Brasil a conquistar a inédita medalha de ouro.

Neta de russos e alemães, Mari descobriu o vôlei aos 14 anos, quando em uma consulta médica foi incentivada a praticar o esporte. O seu primeiro time foi o Rolândia, no interior do Paraná. Depois, jogou em Londrina, como meio-de-rede. Apenas quando foi para as categorias de base do Osasco, em 2000, é que passou a atuar como ponta e oposto. E foi nesta última posição que ganhou a vaga na seleção.

No Osasco, Mari ganhou uma oportunidade na equipe titular no Campeonato Paulista de 2003, quando as principais jogadoras do time estavam na seleção. A atleta não desperdiçou a chance. Com um jeito frio e inteligente, Mari comandou a equipe rumo ao título e foi "efetivada" pelo técnico José Roberto Guimarães.

A atacante correspondeu em quadra, sendo uma das melhores jogadoras do Osasco, suprindo a ausência de Paula Pequeno, machucada. Na Superliga 2003/2004, campeã, ela foi eleita a revelação do torneio, além de ganhar prêmios como melhor ataque e maior pontuadora. No ano seguinte voltou a ganhar a competição, mas atuou muito pouco, porque precisou passar por uma cirurgia no ombro direito.

Mari voltou de fato às quadras em 2006, quando conquistou o Grand Prix e o vice-campeonato mundial com a seleção. No mesmo ano ela deixou o Osasco e se transferiu para o Pesaro, time do técnico José Roberto Guimarães na Itália. A partir de 2008, ela volta a atuar em um clube brasileiro, o São Caetano.