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Vôlei

AFP
Escadinha tentou aumentar a vibração do Brasil

Escadinha

“Treino para sempre ser campeão. Se o time ganha, eu ganho junto. O segredo da minha motivação é ter metas a cada ano”.

Data de nascimento
15/10/1975
Local de nascimento
Diamante do Norte (PR)
Residência
Piacenza (ITA)
Peso e altura
78 kg/1,84 m
Posição
Líbero
Participação em Pequim
Prata

Quando Escadinha está em quadra, é praticamente impossível ver desânimo ou falta de vontade na seleção brasileira. Símbolo da raça e da determinação, o líbero é o homem de confiança de Bernardinho. Ao lado de Giba, ele bem que tentou levantar o moral do time na final das Olimpíadas, mas não impediu a derrota para os Estados Unidos e a conquista da medalha de prata no lugar do bicampeonato olímpico.

Se o Brasil chegou pelo menos ao pódio em todas as competições disputadas na "Era Bernardinho", com exceção a campanha da Liga Mundial de 2008, na qual foi apenas o quarto, lá esteve Escadinha, que participou de todos os campeonatos disputados pela seleção desde sua estréia em 2001: o ouro nas Olimpíadas de Atenas (2004) e no Pan do Rio (2007), o bicampeonato mundial (2002 e 2006), o hexa da Liga (2001, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007) e a prata em Pequim.

No Mundial de 2002 e nas Olimpíadas de Atenas, além de se sagrar campeão, Escadinha foi eleito o melhor defensor da competição. Tudo isso sem esquecer o clima brincalhão nos treinos e na concentração.

O início no vôlei não foi nada fácil. O paranaense de Diamante do Norte, criado no bairro de Pirituba, em São Paulo, teve de superar a origem pobre. Antes de entrar nas quadras, Escadinha trabalhou como office-boy, colocador de papel de parede e até vendedor ambulante. O jeito de moleque e o uso de gírias na fala lhe renderam o apelido, em alusão a um famoso traficante carioca dos anos 80.

Considerado baixinho para o vôlei, a salvação veio em 1998, com a criação de uma nova posição na modalidade, a de líbero. Na época, Escadinha vendia produtos de limpeza de porta em porta.

Apesar de corintiano declarado, a primeira oportunidade veio no Palmeiras. Mas o sucesso, que lhe rendeu os olhares de Bernardinho, aconteceu no Banespa, onde conquistou o vice-campeonato da Superliga 2001/2002 e jogou por três temporadas.

Após as Olimpíadas de 2004, se tornou o primeiro líbero estrangeiro a atuar no campeonato italiano, jogando pelo Piacenza. Longe do Brasil há quase quatro anos, ele deve voltar a atuar por um clube nacional: São Bernardo e Minas estão na briga.