Gustavo

"O Bernardo mexeu tudo quanto pôde, mas não deu. Saímos de cabeça erguida. O time está de parabéns, é uma medalha olímpica de qualquer forma".

Em sua despedida da seleção brasileira, Gustavo foi figura essencial para a ida do time à decisão. Assim como seus companheiros, no entanto, ele não conseguiu parar o bom rendimento dos Estados Unidos na decisão, que deixou a equipe sem o bicampeonato olímpico.

Considerado o melhor bloqueador do mundo, Gustavo Endres sempre foi um dos jogadores mais importantes da seleção brasileira. Além disso, foi a Pequim credenciado pelo longo tempo na equipe. Quando o Brasil conquistou a Liga Mundial de 2001, o primeiro título sob o comando do técnico Bernardinho, ele já completava quatro anos com a camisa verde e amarela.

Em 2003, o jogador pensou em abandonar a carreira. Após ser eleito melhor bloqueador da Liga de 2001 e campeão do Mundial, em 2002, Gustavo foi cortado da Liga Mundial de 2003 devido a uma grave contratura nas costas. Segundo o jogador, as agulhas da acupuntura o ajudaram a melhorar.

A carreira nas quadras começou com o incentivo dos tios, ainda no Rio Grande do Sul. Aos 18 anos, se mudou para São Paulo para tentar entrar no time do Banespa. Do alto de seus 2,03 m de altura, não foi difícil assegurar a vaga no time paulista.

Depois de oito anos atuando no Brasil, Gustavo transferiu-se para a Itália, para defender o Ferrara e, mais tarde, o Latina. No final de 2004, acertou sua ida para o Treviso, clube que defende até hoje e pelo qual ganhou dois títulos italianos e um europeu.

Pequim-2008 foi a terceira Olimpíada de Gustavo. A estréia aconteceu em Sydney-2000, com um sexto lugar. Titular em todas as partidas nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, ajudou o Brasil a conquistar o título que não vinha desde Barcelona-1992, sendo eleito o melhor bloqueador da competição.

Dois anos depois, o gaúcho de Passo Fundo ganhou uma companhia familiar nos jogos pela seleção. A partir de 2004 o ponta Murilo, seu irmão mais novo, começou a ser chamado por Bernardinho para integrar a equipe. Os dois estavam no time que conquistou o ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro-2007. O título foi muito comemorado por Gustavo, que esteve presente na prata de Winnipeg-99 e no bronze de Santo Domingo-2003.

Assim como alguns companheiros, como Giba e Escadinha, Gustavo esteve presente em todos os títulos da "Era Bernardinho". Ao lado dos 11 jogadores selecionados, chegou em Pequim para acabar com a desconfiança que caiu sobre o Brasil após o quarto lugar na Liga Mundial de 2008, e subir mais uma vez ao lugar mais alto do pódio.