André Heller

"É claro que estou muito triste pela derrota, ainda mais por ser em uma oportunidade única como essa, uma final olímpica"

André Heller sempre alternou jogos como titular e reserva. Apesar disso, o meio-de-rede gaúcho esteve na equipe principal durante as Olimpíadas de Pequim devido à cirurgia de Rodrigão em março deste ano, que o deixou no banco. E mesmo com a derrota para os Estados Unidos na final, Heller teve uma atuação de destaque ao longo do torneio.

Na própria decisão, ele foi o melhor jogador do país no primeiro set e mostrou muita empolgação. Mas depois caiu de rendimento ao lado de todos os seus companheiros e não impediu que a medalha de prata viesse no lugar do tão esperado bicampeonato olímpico.

Se a cara feia em quadra assusta os adversários, em casa André Heller é bem tranqüilo. Tirando a paixão pelo vôlei, o livro é algo que o jogador sempre tem ao seu lado. Já declarou em muitas entrevistas que o seu hobby é a leitura.

Assim como Giba, Heller está com a seleção desde o final da década de 90. O início no vôlei foi inspirado no pai, que era jogador e técnico em Novo Hamburgo, sua cidade-natal. Aos 20 anos, em 1995, mudou-se para Canoas (RS) para atuar pela Ulbra. Na terceira temporada pelo time, conquistou a Superliga. Após o título transferiu-se para o Minas, onde conquistou seu bicampeonato do nacional.

Desde sua estréia pelo Brasil, foram poucos os campeonatos em que o gaúcho não esteve presente. O Mundial de 2002, na Argentina, foi um deles. Porém, ele escapou do vexame do Pan-Americano de Santo Domingo, em 2003, no qual o Brasil levou apenas o bronze.

Quando se fala em clubes, André Heller pode ser definido como um nômade. Porém, um nômade campeão, principalmente quando o assunto é a Superliga. Conquistou o título nacional pela Ulbra, na temporada 1998/1999, pelo Minas no ano seguinte. Após duas temporadas em Belo Horizonte, voltou para o sul, agora para defender o Unisul, de Santa Catarina. Lá, venceu o campeonato de 2003/2004.

Após o bom desempenho em Atenas-2004, foi contratado pelo Trentino, da Itália. Ficou duas temporadas, e assim como André Nascimento, se transferiu para o Cimone Modena. Em 2008, foi contratado pelo Minas.