André Nascimento

"A gente fica triste pelo fato de não ter terminado com chave de ouro esse trabalho tão bonito ao longo de oito anos".

André Nascimento não apresentou seu melhor nível nas Olimpíadas de Pequim. O jogador protagonizou alguns bons momentos na China, mas no geral não conseguiu manter o rendimento. Na derrota para os Estados Unidos, por exemplo, ele foi substituído por Murilo no início do segundo set e pouco pôde fazer para evitar a derrota e a medalha de prata.

Nascido em São João do Meriti (RJ), mas foi em Juiz de Fora (MG), ainda nos tempos de escola, que "Canha", como é chamado pelos companheiros de seleção, começou a dar suas primeiras cortadas. Aos 17 anos, deixou o interior de Minas Gerais para fazer um teste no Suzano. Passou e, pouco tempo depois, foi para o Minas, onde conseguiu o tricampeonato da Superliga.

A atuação nos jogos do campeonato nacional despertou os olhares de Bernardinho, no final de 2001. A primeira convocação não demorou e já em 2002, André Nascimento era eleito o melhor atacante do Campeonato Mundial, disputado na Argentina e que teve o Brasil como campeão. O feito na época rendeu ao jogador comparações com Marcelo Negrão, campeão pela seleção das Olimpíadas de Barcelona-92.

Após o Mundial, André se transferiu para o Panathinaikos. A temporada no clube grego não fez bem ao atleta. Na reapresentação à seleção em 2003, o atleta não se encontrava em boa forma física e, por disputar um campeonato relativamente fraco, nem em boa forma técnica. Com isso, perdeu a posição para Anderson. O banco não foi algo que desmotivasse o jogador, que durante a Superliga daquele ano recuperou a titularidade.

A boa fase naquela Superliga e na do ano seguinte (2004) garantiu André nas Olimpíadas de 2004, em Atenas. Na ocasião, esteve presente em todos os jogos do Brasil e ajudou a equipe a quebrar um jejum de 12 anos sem conquista olímpica. Ao final dos Jogos, retornou ao Suzano.

Em meio às conquistas das Ligas Mundiais de 2005 e 2006, "Canha" trocou o Suzano pelo Trentino, da Itália, onde passou duas temporadas até se transferir para o Modena, onde atuou ao lado do companheiro de seleção, André Heller.

Depois de quatro temporadas em quadras italianas, André voltou ao Minas em 2008. "Estou muito feliz em retornar ao Minas. Jogar ao lado de alguns dos companheiros do tri vai ser fantástico. Aquele grupo era muito unido e espero fazer um trabalho bem legal", disse o atleta na apresentação ao clube mineiro.