Record lidera no Ibope, mas divide a tela em momento decisivo do judô
-
Reprodução
"A imagem diz tudo", disse Rogério Sampaio enquanto Kitadai festejava sua vitória em um quarto da tela
Seguro, com conhecimento das regras e sem ufanismo rasteiro, Mauricio Torres narrou muito bem as duas lutas que valeram medalhas para o Brasil no primeiro dia do judô. Já o comentarista Rogério Sampaio não se conteve e chorou enquanto falava da vitória de Sarah Menezes.
A Record se saiu bem na dupla transmissão do êxito do judô brasileiro. Sem exageros, com informação e a emoção que o momento permitia. Do ponto de vista da audiência, a emissora também festeja, marcando 10 pontos contra 7 da Globo e 4 do SBT no momento da vitória de Sarah Menezes.
A lamentar apenas a transmissão da luta de Felipe Kitadai contra o italiano Elio Verde, válida pela medalha de bronze. Como ainda transmitia naquele momento a partida de futebol feminino entre Brasil e Nova Zelândia, a emissora optou por dividir a tela em quase todos os momentos da disputa.
Somente no último minuto da luta, a Record esqueceu do futebol, mas logo voltou a dividir a tela. Quando Kitadai se dobrou no chão, emocionado com a vitória, Rogério Sampaio disse: “A imagem diz tudo”. Só que a imagem que a Record mostrava era de um quarto de tela, impossível de ver direito o que ocorria.
Mauricio Stycer
É jornalista desde 1986. Repórter e crítico do UOL, autor de um blog que trata da alta à baixa cultura, do esporte à vida nas grandes cidades, sempre que possível com humor. É autor dos livros “História do Lance! – Projeto e Prática do Jornalismo Esportivo” (editora Alameda) e “O Dia em que Me Tornei Botafoguense” (Panda Books). Conheça seu Blog no UOL