Polo Aquático

Topo

COB diz que brasileiros tiveram excessos "dentro do aceitável" na Rio-2016

Satiro Sodré/CBDA
Vinícius Antonelli, jogador da seleção de polo aquático, foi cortado da Rio-2016 por indisciplina imagem: Satiro Sodré/CBDA

Guilherme Costa e Rodrigo Mattos

Do UOL, no Rio de Janeiro

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) reconheceu que atletas brasileiros tiveram problemas de comportamento durante os Jogos Olímpicos deste ano, realizados no Rio de Janeiro. No entanto, a entidade classificou os deslizes dos atletas nacionais como algo dentro do aceitável.

“É normal que as mais diversas relações de comportamento existam, de forma positiva e de forma negativa. Vamos viver situações de conflito entre atletas, mas a gente trata isso de maneira muito tranquila. São coisas normais, e por isso a postura do COB de trabalhar de forma construtiva”, disse Jorge Bichara, gerente-geral de performance esportiva na entidade que comanda o esporte olímpico em âmbito nacional.

O Brasil teve alguns casos na Rio-2016 em que excessos comportamentais dos atletas influenciaram diretamente a questão esportiva. Foi assim com os jogadores Paulo Salemi e Vinicius Antonelli, por exemplo, cortados da seleção de polo aquático depois de terem deixado a concentração na Vila Olímpica sem autorização da comissão técnica.

“Houve uma questão do polo aquático que foi decisão da comissão técnica, e nós entendemos isso como atitude correta. A questão envolve relação dele com a equipe. Todos foram orientados de quais eram as regras e condutas a serem observadas. Os atletas entenderam, e a equipe entendeu”, relatou Bichara.

Nos saltos ornamentais, as brasileiras Giovanna Pedroso e Ingrid Oliveira, que competiam juntas na disputa sincronizada da plataforma de 10 metros, brigaram neste ano e chegaram à Rio-2016 sem conversar.

A situação ficou ainda pior depois que Ingrid levou o atleta Pedro Henrique Gonçalves, da canoagem, para o quarto que dividia com Giovanna na Vila Olímpica. Ela pediu para a companheira de equipe deixar o aposento e dormir na sala, e Giovanna não gostou da ideia. Relatou o caso ao COB, que optou por uma medida educativa e evitou punição.

“São quase mil pessoas convivendo em um ambiente. As relações são estabelecidas, e é uma magia que você vivência nesse dia a dia. É complicado porque você carrega uma pressão na parte esportiva, uma questão relacionada a adversários e companheiros de equipe”, ponderou Bichara. “Quando montamos o planejamento lá atrás, identificamos todas essas questões que poderiam acontecer dentro da equipe e tínhamos respostas prontas para tudo isso”, completou.

Topo