Samuel Albrecht

"A idéia de fazer a campanha olímpica foi minha, meio de brincadeira. Virei para o Fábio e falei 'vamos?' Ele comprou a idéia"

Em 2005, se você perguntasse para Samuel Albrecht, proeiro do barco brasileiro da classe 470, em que classe ele competiria nos Jogos de Pequim, a resposta viria rápido: 49er. Por dois anos, ele foi parceiro de André Fonseca na campanha olímpica do velejador catarinense.

No meio de 2007, porém, os dois já não velejavam juntos quando Alexandre Paradeda, então titular brasileiro do 470, anunciou o fim de sua carreira olímpica. Foi a senha para Albrecht iniciar sua segunda campanha olímpica no mesmo ciclo olímpico.

Em tom de brincadeira, mas torcendo por uma resposta séria, ele convidou Fábio Pillar para velejar com ele. A dupla deu certo e, logo em seu primeiro torneio internacional, conquistou a vaga olímpica, com o 29º lugar no Mundial da Austrália, no começo de 2008.

O entrosamento na água é fruto de uma amizade antiga. Aos 28 anos, Albrecht já foi técnico de Fábio, nas primeiras competições do timoneiro. "Era um campeonato de Optimist e o Fábio foi competir. Eu era mais velho e fui chamado para ser técnico da equipe do nosso clube. Depois, ainda competimos nas mesmas classes", relembra.

Albrecht começou a velejar aos seis anos, com o pai, dono de um barco de cruzeiro. Suas primeiras lições foram no Rio Guaíba, em Porto Alegre, onde treina até hoje. Além da 470 e da 49er, ele velejou nas classes Optmist, Snipe e Laser Radial. Ele também veleja muito na classe Oceano.

Na sua estréia olímpica em Pequim, ao lado de Fábio Pillar, Samuel ficou em 17º lugar. O melhor resultado foi um quarto lugar na quinta regata. A dupla poderia ter ido mais longe se não tivesse queimado duas largadas. As punições os deixaram de fora da regata da medalha.