* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"Após Atenas-04, percebi que minha carreira tinha chegado em um ponto chave. Tinha de virar profissional para atingir meus objetivos".
Herdeiro, sucessor, sombra do octocampeão mundial Robert Scheidt. Bruno Fontes está acostumado aos rótulos. Aos 28 anos, 20 dedicados à vela, somente nos últimos dois anos ele passou a brilhar. Só depois que o multicampeão Scheidt, dois ouros olímpicos, oito mundiais e mais de 100 títulos no currículo, deixou a Laser para velejar na Star.
O posto de titular da Laser chegou justamente quando Bruno resolveu que a vela seria seu futuro. Em 2005, após os Jogos de Atenas, em que foi reserva de Scheidt, ele terminou a faculdade de engenharia ambiental e virou, em suas palavras, profissional do esporte. Montou um projeto de patrocínio esportivo e foi atrás de empresas interessadas. Encontrou apoio e iniciou sua campanha olímpica.
Os resultados do temporada passada foram promissores. Conquistou a vaga olímpica para o Brasil no Mundial de Portugal, em julho, ficou entre os dez primeiros na Pré-Olímpica de Qingdao, em agosto. Já em 2008, foi o 11º no Mundial de Laser da Austrália, em fevereiro. O objetivo era melhorar ainda mais a performance, conquistar uma medalha olímpica e, até o final do ano, chegar aos cinco melhores do ranking mundial.
Mas, na sua primeira participação olímpica, o máximo que Bruno Fontes conseguiu na imprevisível raia de Qingdao foi o 12º lugar, em duas regatas. Na classificação geral de sua classe, ele ficou em 27º e perdeu a chance de disputar o pódio na regata da medalha, que reúne somente os dez melhores colocados. Fontes se despediu dos Jogos antes da prova decisiva.