* Lista de modalidades com atletas confirmados para as Olimpíadas.
Total: atletas
"Olimpíada sempre foi um sonho. Quando a Fernanda fez o convite, mesmo tendo de mudar para o Sul, aceitei na hora".
O amor pela vela teve de vencer o glamour das passarelas para que a niteroiense Isabel Swan chegasse às Olimpíadas. Com 15 anos, 1,80 m e um rosto de beleza incomum, começou a trabalhar como modelo e o esporte acabou relegado ao segundo plano. Também estudando para o vestibular e jogando vôlei, a vela era apenas um hobbie.
E, em 2008, o hobbie virou medalha na classe 470 F. Ao lado de Fernanda Oliveira, com quem compete desde 2005, Isabel conquistou a primeira medalha feminina da vela brasileira, com o bronze nos Jogos de Pequim. A dupla ficou atrás apenas das campeãs olímpicas da Austrália, Elise Rechichi e Tessa Parkinson, e das holandesas Marcelien de Koening e Lobke Berkhout. Na regata da medalha, as brasileiras chegaram na primeira posição e fecharam as Olimpíadas com chave de ouro, garantindo o quinto bronze do Brasil na China.
A virada na carreira da carioca veio em 2004, quando recebeu o convite para velejar com Fernanda Oliveira, que acabara de disputar as Olimpíadas de Atenas e tinha um projeto estruturado e patrocinadores para a campanha olímpica na classe 470. Os sacrifícios, porém, acompanharam a parceria. Para velejar com a gaúcha Fernanda, ela teve de se mudar para Porto Alegre. "Como vontade de ir para as Olimpíadas nunca faltou, aceitei na hora", conta a velejadora.
A união deu resultado. Em 2006, as duas terminaram em quarto lugar no Mundial de Rizhao, na China. Foi a melhor colocação de uma dupla brasileira em Mundiais de classes olímpicas na história. No mesmo ano, terminaram em quinto lugar na Semana Pré-Olímpica de Qingdao, realizada no mesmo local e época do ano das Olimpíadas de Pequim.
A história da garota com a vela começou aos oito anos, na enseada de São Francisco, em Niterói, e seguiu mesmo após a mudança para Brasília, aos 11. Na capital federal, velejava no Lago Paranoá e foi lá que, aos 14 anos, passou a velejar com o pai, Robert Swan, na classe Tornado - os dois, inclusive, disputaram o Mundial da classe em 1998.
Além de velejadora, Isabel está se formando em comunicação social. Durante suas viagens pelo mundo, ela costuma fazer filmes sobre as competições. Seu trabalho já foi usado por TVs brasileiras para falar da dupla.