UOL Olimpíadas 2008 Atletas Brasileiros
 

Vela

Don Emmert/AFP
Couto durante regata olímpica em Qingdao

Eduardo Couto

"A minha classe é a Laser, mas se a vaga veio na Finn, tenho que comemorar. Tive que ganhar peso para ficar confortável no barco".

Data de nascimento
18/03/1985
Local de nascimento
Rio de Janeiro (RJ)
Residência
Rio de Janeiro (RJ)
Peso e altura
81kg / 1,83m
Classe
Finn
Participação em Pequim
13º lugar

O carioca Eduardo Couto conquistou a vaga olímpica na classe errada. Após seis anos fazendo campanha para a classe Laser, ele velejou na China na classe Finn. O responsável por isso foi o também carioca João Signorini, que abandonou sua campanha olímpica, mesmo após ter classificado o Brasil para Pequim, para dar sua segunda volta ao mundo ao lado de Torben Grael.

Com a desistência de Signorini, a vela brasileira estava em situação inusitada: tinha a vaga olímpica, mas não um velejador para ela. Com isso, o Pré-Olímpico de fevereiro ganhou uma série de pretendentes "importados" de outras classes. Entre eles, Couto, que com apenas cinco dias de treino no novo veleiro, foi o melhor.

Campeão mundial de Laser Radial em 2005, o carioca aproveitou as condições de pouco vento e a similaridade do Laser com o Finn para garantir presença em Pequim. Uma semana depois, ainda disputou o Pré-Olímpico de Laser e acabou na segunda posição, atrás apenas de Bruno Fontes.

As segundas posições, aliás, são o calcanhar de Aquiles de Couto. Aos 23 anos, até o Pré-Olímpico ele sempre convivia com o estigma do vice. Na classe Laser, ele teve de enfrentar, no começo da carreira, o fenômeno Robert Scheidt. Depois, nos últimos três anos, ele falhou na luta para ser o sucessor do octocampeão, deixando o cargo para o catarinense Bruno Fontes.

Na classe Finn, Couto fez sua estréia em Olimpíadas e começou com um sexto lugar. Mas ele teve problemas nas duas regatas seguintes - chegou em 16º em uma e não terminou a outra. A recuperação veio na quinta regata, com um segundo lugar. Se não tivesse queimado a largada da última prova, teria boas chances de ficar entre os 10 primeiros e brigar pelo pódio na regata da medalha.

Couto começou a velejar ainda garoto, no Yacht Club do Rio de Janeiro. Morador do Rio, ele ainda veleja pelo clube, que bancou sua campanha olímpica na Laser e na Finn. "O clube sempre me cedeu barcos e bancou parte das viagens. O barco com que eu conquistei a vaga olímpica, por exemplo, era do Signorini".